Em metafísica, um particular é um ente distinto de um universal. São consideradas coisas múltiplas que possuem propriedades e cujas existências estão em relação dependentes a uma única substância primária.[1][2] Em geral, os particulares são definidos como entidades espaço-temporais concretas, em oposição a entidades abstratas, como propriedades ou números. Existem, no entanto, teorias de particulares abstratos ou tropos. Por exemplo, Sócrates é um particular (existe apenas um Sócrates, o professor de Platão, e não se pode fazer cópias dele, por exemplo, ao cloná-lo, sem introduzir novos e distintos detalhes). A vermelhidão, por outro lado, não é particular, porque é uma qualidade abstrata e multiplicada pela instanciação (por exemplo, uma bicicleta, uma maçã e o cabelo de uma dada mulher podem ser todos vermelhos particulares, mas não a qualidade da vermelhidão em si). Na visão nominalista, tudo é particular. Os universais, em cada momento do tempo, do ponto de vista de um observador, são a coleção de elementos dos quais se participa.