Primitivo, em antropologia, é um termo atualmente considerado obsoleto, que foi, no entanto, consagrado e amplamente utilizado no século XIX, época em que o paradigma baseava-se no evolucionismo, ou seja, na perspectiva teórica segundo a qual os fenômenos sociais e culturais da vida humana estão sujeitos a leis gerais de transformação análogas e complementares às da evolução biológica.
Geralmente, o termo opõe os povos da pré-história à civilização, por força das concepções vigentes na época e interesses colonialistas, excluindo, do conceito de civilização, os povos não ocidentais. Segundo o Dicionário Aurélio,[1] o termo é relativo aos povos não letrados, que vivem em sociedades consideradas como de escala menor, organização social menos complexa e nível tecnológico menos desenvolvido do que as sociedades ditas civilizadas, e vistos pelo evolucionismo social como representantes de um estado social e mental supostamente mais próximo da condição original, natural, da humanidade, ou dela sobreviventes.