Red and anarchist black metal | |
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Origens estilísticas | Black metal Crust punk |
Contexto cultural | Meados da década de 1990 - década de 2000 América do Norte e América do Sul |
Instrumentos típicos | Bateria, baixo, guitarra, vocal, Teclado |
Popularidade | Underground |
Formas regionais | |
Estados Unidos • Canadá • Reino Unido • Brasil • Alemanha • Rússia • Ucrânia • Itália |
Red and anarchist black metal (também conhecido como RABM) é um subgênero do Black metal que promove ideologias como Anarquismo, Ambientalismo ou Marxismo.[1][2][3][4] Certos fundadores do Black metal tinham opiniões de esquerda radical. Euronymous do Mayhem foi declarado stalinista, os membros do Sarcófago eram comunistas anticristãos e Fenriz do Darkthrone declarou ter sido socialista no final dos anos 1980 e ter passado de um extremo político a outro (mesmo tendo sido preso por protestar contra Apartheid[5]). De sua parte, isso foi contestado por Varg Vikernes e seus pontos de vista de extrema direita.
O RABM surgiu como uma resposta ao black metal nacional-socialista, pelo grupo argentino Profecium em 1993 (que era anarquista na época) e massificado pelo grupo canadense Iskra em meados de 2000. Nasceu das mãos de bandas radicadas no Crust punk.[6]
Este estilo é ideológico por natureza, as letras das bandas enfocam temas violentos, anarquismo, comunismo, ódio à sociedade atual, luta de classes, antifascismo, pró-ambientalismo, satanismo e anti-cristianismo.[7][8][9] Há também bandas, como a Gaylord e Olivia Neutered John, que abordam questões de gênero e sexualidade e o enfrentamento à violência sofrida pela comunidade LGBTQ+. [10][11][12]
O som das bandas RABM aparentemente também difere do Black metal comum, em muitos casos as bandas misturam o som do crust punk (principalmente anarquista) ou Ambient black metal com elementos do Post-rock (Panopticon, Wheels Within Wheels, All the Cold, Skagos, Adamennon),[13] também há bandas que incorporam elementos do Pagan metal e Viking Metal (Sorgsvart, Lake of Blood, Borgazur) e outras que incorporam elementos do Shoegaze (Violet Cold), do Death Metal (Hereticae, Vociferatus) [14] e do Grindcore (Infected Morchirium). [15]
Durante a Pandemia de COVID-19, ocorreu a primeira live brasileira de bandas autodescritas RABM organizada pelo Blog NoiseRed e Legião Libertária, disponível no Youtube. Contando as participações das bandas brasileiras Pessimista, Vociferatus, Vazio, A Plague, Caos Onipresente, Ioroque, Vermgod, Heteriah, Desista, Imminent Doom, Bleak Wind, Atéia, Hereticae, Gomorraa, Carniçal, bem como a Feminazgul (dos Estados Unidos), Trespasser (da Suécia), Order of The Wolf (da Escócia) e Etxegiña (do País Basco).