Acordo de Paris (2015)

Acordo de Paris
Acordo de Paris
Acordo de Paris (2015)
  Partes
  Signatários
  Partes também cobertas pela ratificação da UE
Local de assinatura Nova York
Depositário(a) Secretário-Geral das Nações Unidas
Criado 30 de novembro – 12 de dezembro de 2015
Assinado 22 de abril de 2016
Selado 12 de dezembro de 2015

O Acordo de Paris (em francês: Accord de Paris), muitas vezes referido como os Acordos de Paris ou os Acordos Climáticos de Paris, é um tratado internacional sobre mudanças climáticas, adotado em 2015. Abrange mitigação, adaptação e financiamento ao mitigamento das mudanças climáticas. O Acordo foi negociado por 196 partes na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2015, nas proximidades de Paris, França.

O Acordo de Paris foi aberto para assinatura em 22 de abril de 2016 (Dia da Terra) em uma cerimônia em Nova York. Depois que a União Europeia ratificou o acordo, países suficientes ratificaram o Acordo responsável pelo compromisso de adotarem uma quantidade suficientemente reduzida de gases de efeito estufa. Entrou em vigor em 4 de novembro de 2016. Até setembro de 2022, 194 membros da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC) faziam parte do acordo. Dos quatro estados membros da UNFCCC que não ratificaram o acordo, o único grande emissor é o Irã. Os Estados Unidos se retiraram do Acordo em 2020, mas voltaram em 2021.

A meta de temperatura de longo prazo do Acordo de Paris é manter o aumento da temperatura média global bem abaixo de dois graus celsius acima dos níveis pré-industriais e, de preferência, limitar o aumento a 1,5 graus, reconhecendo que isso reduziria substancialmente os efeitos das mudanças climáticas. As emissões devem ser reduzidas o mais rápido possível e chegar a neutralidade em algum momento perto final do século XXI.[1] Para ficar abaixo de 1,5 °C de aquecimento global, as emissões precisam ser cortadas em cerca de 50% até 2030.[2]

O objetivo é ajudar os países a se adaptarem aos efeitos das mudanças climáticas e mobilizar financiamento suficiente. De acordo com o Acordo, cada país deve determinar, planejar e informar regularmente sobre suas contribuições. Nenhum mecanismo obriga um país a estabelecer metas de emissões específicas, mas cada meta deve ir além das metas anteriores. Ao contrário do Protocolo de Quioto de 1997, a distinção entre países desenvolvidos e em desenvolvimento é tênue, de modo que estes últimos também devem apresentar planos de redução de emissões.

O Acordo foi elogiado por líderes mundiais, mas criticado como insuficientemente vinculativo por alguns ambientalistas e analistas, ou seja, é argumentado que este acordo não exige compromisso e responsabilidade de seus signatários, com estes podendo sair a qualquer momento. Há debate sobre a eficácia do Acordo. Embora as promessas atuais do Acordo de Paris sejam insuficientes para atingir as metas de temperatura estabelecidas, há maiores ambições visadas para o futuro. O Acordo de Paris tem sido um sucesso em litígios climáticos, forçando países e uma empresa petrolífera a fortalecer a ação climática. Em 4 de julho de 2022, o Supremo Tribunal Federal do Brasil reconheceu o acordo de Paris como um tratado de direitos humanos.[3][4]

  1. UNFCCC. «The Paris Agreement». unfccc.int. Consultado em 10 de outubro de 2022. Arquivado do original em 19 de março de 2021 
  2. Schleussner, Carl-Friedrich. «The Paris Agreement – the 1.5 °C Temperature Goal». Climate Analytics (em inglês). Consultado em 29 de janeiro de 2022 
  3. «Arguição de descumprimento de preceito fundamental». Supremo Tribunal Federal. Consultado em 10 de outubro de 2022. Cópia arquivada em 24 de julho de 2022 
  4. Ciuffo, Leandro Neumann (7 de julho de 2022). «Brazil's High Court First to Declare Paris Agreement a Human Rights Treaty». Yale Program on Climate Change Communication. Consultado em 10 de outubro de 2022. Cópia arquivada em 24 de julho de 2022 

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