Agorafobia | |
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Antiga ágora da cidade grega de Delos, um dos espaços públicos que deram o nome à condição. | |
Especialidade | Psiquiatria |
Sintomas | Ansiedade em situações percebidas como inseguras, ataques de pânicos[1][2] |
Complicações | Depressão, perturbação por abuso de substâncias[1] |
Duração | Mais de 6 meses[1] |
Causas | Fatores genéticos e ambientais[1] |
Fatores de risco | Antecedentes familiares, evento angustiante[1] |
Condições semelhantes | Perturbação de ansiedade de separação, perturbação de stresse pós-traumático, perturbação depressiva major[1] |
Tratamento | Psicoterapia[3] |
Prognóstico | Resolução de metade dos casos com tratamento[4] |
Frequência | 1,7% dos adultos[1] |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | F40.0, F40.00 |
CID-11 | 530592394 |
MedlinePlus | 000923 |
MeSH | D000379 |
Leia o aviso médico |
Agorafobia é uma perturbação de ansiedade caracterizada por sintomas de ansiedade em resposta a situações que a pessoa percepciona como inseguras ou das quais é difícil escapar.[1] Entre estas situações estão espaços abertos, tráfego rodoviário, centros comerciais ou qualquer outra situação em que a pessoa se encontre fora do local de residência.[1] Quando a pessoa se depara com uma destas situações, o sintoma mais comum é um ataque de pânico.[2] Para que seja diagnosticada agorafobia, os sintomas devem-se manifestar praticamente sempre que a pessoa se depara com a situação e os sintomas devem estar presentes durante pelo menos seis meses.[1] As pessoas afetadas geralmente dão-se a um esforço significativo para evitar as situações.[1] Nos casos mais graves, as pessoas sentem-se incapazes de sair da própria residência.[2]
Acredita-se que a agorafobia seja causada por uma combinação de fatores genéticos e ambientais.[1] Em muitos casos, a condição é comum na família. A agorafobia pode ter origem em acontecimentos como a morte de um pai ou um ataque violento.[1] O DSM-5 classifica a agorafobia como uma fobia pertencente ao grupo das fobias específicas e fobias sociais.[1][3] Entre outras condições que manifestam sintomas semelhantes estão a perturbação de ansiedade de separação, perturbação de stresse pós-traumático, perturbação depressiva major.[1] As pessoas afetadas apresentam um risco acrescido de depressão e perturbação por abuso de substâncias.[1]
É pouco provável que a agorafobia se resolva sem tratamento.[1] O tratamento consiste numa forma de aconselhamento psiquiátrico denominada terapia cognitivo-comportamental.[3][5] Esta terapia permite resolver cerca de metade dos casos de agorafobia.[4] A condição afeta 1,7% dos adultos.[1] O número de casos em mulheres é o dobro do de homens.[1] A doença é rara em crianças. A maioria dos casos têm origem no início da idade adulta, sendo cada vez menos comum à medida que a idade avança.[1] O termo "agorafobia" tem origem no grego antigo ἀγορά, ágora, que significa praça pública, com o sufixo -φοβία, que significa fobia ou "medo".[6]