Agricultura na Roma Antiga

Ilustração em pergaminho do século V com pastores e rebanhos, numa edição das Geórgicas de Virgílio
Utensílios agrícolas romanos

A agricultura na Roma Antiga, além de uma necessidade, era idealizada entre a elite social como um modo de vida. Cícero (106–43 a.C.) considerava a agricultura como a melhor de todas as ocupações romanas. No seu tratado De Officiis, ele declara que «de todas as ocupações pelas quais o ganho é seguro, nenhuma é melhor do que a agricultura, nenhuma é mais rentável, nenhuma é mais encantadora, nenhuma é mais conveniente para um homem livre». Quando um dos seus clientes ridicularizado em tribunal por preferir um estilo de vida rústico, Cícero defendeu a vida campestre como «a professora de economia, de indústria e de justiça» (parsimonia, diligentia, iustitia).[1] Catão (234–149 a.C.), Varrão (116–2 a.C.), Columela (4–70 d.C.) e Paládio (fim do século IV d.C. ou início do século V) escreveram manuais sobre práticas agrícolas. Plínio, o Velho (23 d.C.–79) escreveu extensivamente sobre agricultura nos volumes XII a XIX da sua obra Naturalis Historia, nomeadamente no capítulo XVIII, intitulado "A História Natural do Trigo".[2]

A principal cultura era a espelta[carece de fontes?] e o pão era o alimento básico em todas as mesas romanas. No seu tratado “De Agri Cultura”, do século II a.C., Catão escreveu que a melhor exploração agrícola é a vinha, a seguir a horta irrigada, plantação de salgueiros, olival, pastagem, terra de seara, floresta, vinha em latada e, por fim, azinhal.[3] Apesar de Roma ser abastecida pelas suas numerosas províncias obtidas militarmente, os romanos abastados desenvolveram a terra em Itália para produzirem várias colheitas. «As pessoas que vivem na cidade de Roma constituíam um enorme mercado para a comida produzida nas quintas italianas.[4]

A posse da terra era um fator dominante na distinção entre a aristocracia e as pessoas comuns. Quanto mais terra tivesse mais importante era um romano na cidade. Os soldados eram frequentemente recompensados com terra pelo comandante que serviam. Apesar das quintas dependerem de trabalho escravo, homens livres e cidadãos eram contratados pelas explorações agrícolas para supervisionarem os escravos e garantirem que os trabalhos decorriam sem problemas.[4]

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