Albert Camus

Albert Camus
Albert Camus
Nascimento 7 de novembro de 1913
Mondovi, Argélia
Morte 4 de janeiro de 1960 (46 anos)
Villeblevin, França
Cônjuge Francine Faure (1940, 2 filhos)
Principais trabalhos O Estrangeiro, A Peste, O Mito de Sísifo, O Homem Revoltado
Prêmios Nobel de Literatura (1957)
Escola/tradição Absurdismo
Existencialismo
Anarquismo
Principais interesses amor, ética, justiça, humanidade, política
Assinatura

Albert Camus (francês: [al.'bɛʁ ka.'my] (escutar); Mondovi, 7 de novembro de 1913Villeblevin, 4 de janeiro de 1960) foi um escritor, filósofo, romancista, dramaturgo, jornalista e ensaísta franco-argelino. Ele também atuou como jornalista militante envolvido na Resistência Francesa, situando-se próximo das correntes libertárias[1][2][3] durante as batalhas morais do segundo pós-guerra. O seu trabalho profícuo inclui peças de teatro, novelas, notícias, filmes, poemas e ensaios, onde ele desenvolveu um humanismo baseado na consciência do absurdo da condição humana e na revolta como uma resposta a esse absurdo. Para Camus, essa revolta leva à ação e fornece sentido ao mundo e à existência. Daqui "nasce então a estranha alegria que nos ajuda a viver e a morrer".[4] Recebeu o Prêmio Nobel de Literatura em 1957.[5] Fora do âmbito intelectual, foi vendedor de peças de automóveis, corretor marítimo e funcionário público.[6]

A curta carreira de Camus como jornalista do Combat foi ousada. Atuando como periodista, ele tomou posições incisivas em relação à Guerra de Independência Argelina e ao Partido Comunista Francês.[7] Ao longo de sua carreira, Camus envolveu-se em diversas causas sociais, protestando veementemente contra as desigualdades que atingiam os muçulmanos no Norte de África, defendendo os exilados espanhóis antifascistas e as vítimas do stalinismo. Ele ainda foi um entusiasmado defensor da objeção de consciência.[8]

À margem de outras correntes filosóficas, Camus foi sobretudo uma testemunha de seu tempo. Intransigente, recusou qualquer filiação ideológica. Lutou energicamente contra todas as ideologias e abstrações que deturpavam a natureza humana. Dessa maneira, ele foi levado a opor-se ao existencialismo e ao marxismo, discordando de Jean-Paul Sartre e de seus antigos amigos. Camus incorporou uma das mais elevadas consciências morais do século XX. O humanismo de seus escritos foi fundamentado na experiência de alguns dos piores momentos da história. A sua crítica ao totalitarismo soviético rendeu-lhe diversas retaliações e culminou na desavença intelectual com seu antigo colega Sartre.[9]

  1. Aude Lancelin, Marianne (revista), 8 janeiro de 2012, Le vrai Camus. [S.l.: s.n.] .
  2. Rédaction. «Catherine Camus : "Mon père était un libertaire"» (em francês). Bibliobs .
  3. Dictionnaire des anarchistes : notice biographique.
  4. L'Homme révolté, La pensée de midi, dernier paragraphe.
  5. Olivier Truc, « Et Camus obtint enfin le prix Nobel », Le Monde, 28 dezembro 2008.
  6. Braga, Rubem (1950). «Recado de Paris» (PDF). Correio da Manhã. Consultado em 2 de outubro de 2024 
  7. Bertrand Poirot-Delpech, Le Monde, p. 17.
  8. Herbert R. Lottman, p. 13.
  9. «Albert Camus (1913-1960)» (em francês). france.fr. Consultado em 10 de Abril de 2018. Arquivado do original em 3 de Dezembro de 2013 .

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