Aldo Moro | |
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Retrato do Primeiro-ministro Aldo Moro | |
Primeiro ministro da Itália | |
Período | 1.º - 4 de dezembro de 1963 até 24 de junho de 1968 4.º - 23 de novembro de 1974 |
Antecessor(a) | 1.º - Giovanni Leone 2.º - Mariano Rumor |
Sucessor(a) | 1.º - Giovanni Leone 2.º - Giulio Andreotti |
Dados pessoais | |
Nascimento | 23 de setembro de 1916 Maglie |
Morte | 9 de maio de 1978 (61 anos) Roma |
Partido | Democracia Cristã |
Profissão | professor universitário de Direito Penal na Universidade de Bari e, depois, de Roma |
Aldo Moro (Maglie, 23 de setembro de 1916 – Roma, 9 de maio de 1978) foi um jurista, professor e político italiano.
Foi primeiro-ministro da Itália de 1963 até 1968 e de 1974 até 1976. Membro ativo da Igreja Católica, foi um dos líderes mais destacados da democracia cristã na Itália.
Sequestrado em 16 de março de 1978 pelo grupo terrorista Brigadas Vermelhas, foi assassinado depois de 55 dias de cativeiro.
Há várias teorias acerca dos motivos da recusa do governo italiano em negociar a libertação de Aldo Moro com os sequestradores e sobre os interesses envolvidos no seu sequestro e morte. Segundo o historiador Sergio Flamigni, as Brigadas Vermelhas foram usadas pela Gladio, rede dirigida pela OTAN, de modo a justificar a manutenção da estratégia da tensão.[1] O filósofo Antonio Negri chegou a ser preso, acusado de ser o inspirador da ação das Brigadas Vermelhas e do assassinato de Aldo Moro.[2]
Conclusão similar foi obtida pelo acadêmico Webster Tarpley, que liderou uma comissão de estudos sobre o tema por encomenda do parlamentar italiano Giuseppe Zamberletti. O estudo mais tarde foi publicado no livro intitulado "Chi ha ucciso Aldo Moro?" (Quem matou Aldo Moro?), onde buscou esclarecer a ligação entre as Brigadas Vermelhas e a loja neofascista P2, bem como o papel desempenhado pelos serviços de inteligência italianos no âmbito da Operação Gladio (cooperação com serviços secretos anglo-americanos). Tarpley conclui que a ação terrorista das Brigadas Vermelhas foi, na realidade, uma operação de bandeira falsa orquestrada pelos serviços de inteligência ingleses e americanos da OTAN, com o objetivo de galvanizar a opinião pública contra os comunistas, minando a influência política de grupos associados — como a URSS.[3]