[♦]^O país não deixou de existir em 1990, continuando a ser a mesma república federal, mas com o seu território alargado.
Alemanha Ocidental[1] é a designação comum do país que ocupava a parte ocidental da Alemanha, que foi partido em dois após a Segunda Guerra Mundial, no período entre sua formação em 23 de maio de 1949 e a reunificação alemã em 3 de outubro de 1990. Durante esse período da Guerra Fria, a República Federal da Alemanha (em alemão: Bundesrepublik Deutschland) fez parte do bloco ocidental. A República Federal foi criada durante a ocupação da Alemanha pelos Aliados após a Segunda Guerra Mundial, estabelecida a partir de onze estados formados nas três zonas aliadas de ocupação mantidas pelos Estados Unidos, pelo Reino Unido e pela França. Sua capital (provisória) era a cidade de Bonn (ou Bona). A Alemanha Ocidental também é retrospectivamente designada como República de Bonn ou República de Bona.[2]
No início da Guerra Fria, a Europa estava dividida entre os blocos ocidental e oriental. A Alemanha foi de fato dividida em dois países e dois territórios especiais — o Sarre e Berlim, esta última dividida. Inicialmente, a República Federal da Alemanha reivindicou soberania exclusiva para toda a Alemanha, considerando-se a única continuação democraticamente reorganizada do Reich Alemão de 1871 a 1945. O país considerava que a Alemanha Oriental (nome oficial: República Democrática Alemã; sigla: RDA) era um estado-fantoche da União Soviética que foi constituído ilegalmente. Três estados do sudoeste da Alemanha Ocidental fundiram-se para formar Baden-Württemberg em 1952 e o Sarre juntou-se à República Federal da Alemanha em 1957. Além dos dez estados resultantes, Berlim Ocidental foi considerada de fato o décimo primeiro estado. Embora legalmente não fizesse parte da República Federal da Alemanha, visto que Berlim estava sob o controle do Conselho de Controle Aliado. Berlim Ocidental se alinhou politicamente com a Alemanha Ocidental e esteve direta ou indiretamente representada em suas instituições federais.
A base para a posição influente mantida pela Alemanha hoje foi lançada durante o Wirtschaftswunder (milagre econômico) da década de 1950, quando a Alemanha Ocidental se levantou da enorme destruição causada pela Segunda Guerra Mundial para se tornar a terceira maior economia do mundo. O primeiro chanceler Konrad Adenauer, que permaneceu no cargo até 1963, havia trabalhado para um completo alinhamento com a OTAN e pela não neutralidade. Não apenas garantiu a adesão à OTAN, como também foi um defensor dos acordos que se desenvolveram na atual União Europeia. Quando o G6 foi estabelecido em 1975, não havia dúvida se a Alemanha Ocidental se tornaria membro.
Após o colapso do comunismo na Europa Central e Oriental em 1989, simbolizado pela queda do Muro de Berlim, houve um rápido movimento em direção à reunificação alemã. A Alemanha Oriental votou para se dissolver e aderir à República Federal em 1990. Seus cinco estados do pós-guerra (Länder) foram reconstituídos junto com a Berlim reunificada, que encerrou seu estatuto especial e formou um território adicional. Eles ingressaram formalmente na República Federal em 3 de outubro de 1990, aumentando o número de estados de dez para dezesseis e encerrando a divisão da Alemanha. A reunificação não resultou em um novo país; em vez disso, o processo foi essencialmente um ato voluntário de adesão, pelo qual a Alemanha Ocidental foi ampliada para incluir os estados adicionais da Alemanha Oriental, que haviam deixado de existir. A República Federal expandida manteve a cultura política da Alemanha Ocidental e continuou sua participação em organizações internacionais, bem como seu alinhamento e afiliação à política externa ocidental a alianças ocidentais como ONU, OTAN, OCDE e União Europeia.