Alemanha Oriental



Deutsche Demokratische Republik
República Democrática Alemã

 

1949 – 1990
Flag Brasão
Bandeira (1959–1990) Emblema (1955−1990)
Lema nacional
Proletarier aller Länder, vereinigt Euch!
"Trabalhadores do mundo, uni-vos!"
Hino nacional
Auferstanden aus Ruinen
"Reerguidos das Ruínas"


Localização de Alemanha Oriental
Localização de Alemanha Oriental
Continente Europa
Região Europa Central
País  Alemanha
Capital Berlim Leste
Língua oficial Alemão
Governo República federal socialista unipartidária (1949–1952)
República socialista unitária (1952–1989)
República parlamentarista unitária (1989–1990)
Secretário-Geral
 • 1949–1950 Wilhelm Pieck
 • 1949–1950 Otto Grotewohl
 • 1950–1971 Walter Ulbricht
 • 1971–1989 Erich Honecker
 • 1989 Egon Krenz
Chefe de Estado
 • 1949–1960 Wilhelm Pieck
 • 1960–1973 Walter Ulbricht
 • 1973–1976 Willi Stoph
 • 1976–1989 Erich Honecker
 • 1989 Egon Krenz
 • 1989–1990 Manfred Gerlach
Legislatura Câmara do Povo
Período histórico Guerra Fria
 • 7 de outubro de 1949 Adoção da constituição
 • 16 de junho de 1953 Revolta de 1953
 • 4 de junho de 1961 Crise de Berlim
 • 13 de outubro de 1983 Revolução Pacífica
 • 12 de setembro de 1990 Tratado de Regulamentação
 • 3 de outubro de 1990 Reunificação
Área
 • 1950 108 333 km2
População
 • 1950 est. 18 388 000 
     Dens. pop. 169,7 hab./km²
 • 1970 est. 17 068 000 
     Dens. pop. 157,6/km²
 • 1990 est. 16 111 000 
     Dens. pop. 148,7/km²
Moeda Marco alemão-oriental

República Democrática Alemã (RDA; em alemão: Deutsche Demokratische Republik), comumente chamada de Alemanha Oriental, foi um Estado que existiu entre 1949 e 1990, período em que a parte oriental da Alemanha fazia parte do Bloco Oriental durante a Guerra Fria. Comumente descrito como um Estado comunista, o país descrevia-se como um "Estado socialista dos trabalhadores e camponeses".[1] Consistia em território administrado e ocupado por forças soviéticas após o final da Segunda Guerra Mundial — a zona de ocupação soviética do Acordo de Potsdam, delimitada a leste pela linha Oder-Neisse. A zona soviética cercou Berlim Ocidental, mas não a incluiu; como resultado, ela permaneceu fora da jurisdição da RDA.

A República Democrática Alemã foi estabelecida na zona soviética, enquanto a República Federal da Alemanha (ou Alemanha Ocidental) foi estabelecida nas três zonas ocidentais. A Alemanha Oriental era um Estado satélite da União Soviética.[2] As autoridades soviéticas de ocupação começaram a transferir a responsabilidade administrativa para os líderes comunistas alemães em 1948 e a RDA começou a funcionar como um Estado em 7 de outubro de 1949. No entanto, as forças soviéticas permaneceram no país durante a Guerra Fria. Até 1989, a RDA era governada pelo Partido Socialista Unificado (PSU), embora outros partidos participassem nominalmente de sua organização de alianças, a Frente Nacional.[3] O PSU tornou obrigatório o ensino do marxismo-leninismo e do idioma russo nas escolas.[4]

A economia era planificada centralmente e cada vez mais de propriedade estatal.[5] Os preços da habitação, bens e serviços básicos eram estabelecidos pelos planejadores do governo central, em vez de subir e descer pela oferta e pela demanda; e foram fortemente subsidiados. Embora a RDA tivesse que pagar substanciais reparações de guerra aos soviéticos, ela se tornou a economia mais bem-sucedida do Bloco Oriental. A emigração para o Ocidente era um problema significativo, visto que muitos dos emigrantes eram jovens bem-educados, o que enfraqueceu economicamente ainda mais o país. O governo fortificou suas fronteiras ocidentais e, em 1961, construiu o Muro de Berlim. As estimativas variam, e apontam que entre 70 a 1100 pessoas que tentaram transgredi-las foram mortas por guardas de fronteira ou armadilhas, como minas terrestres.[6][7] Muitos outros passaram grande parte do tempo presos por tentar escapar.[7][8]

Em 1989, inúmeras forças sociais, econômicas e políticas na RDA e no exterior levaram à queda do Muro de Berlim e ao estabelecimento de um governo comprometido com a liberalização. No ano seguinte, foram realizadas eleições livres e justas[9] e negociações internacionais levaram à assinatura do Tratado Dois Mais Quatro sobre o estatuto e as fronteiras da Alemanha. A RDA se dissolveu e a Alemanha foi reunificada em 3 de outubro de 1990, tornando-se um Estado totalmente soberano na República Federal da Alemanha. Vários dos líderes da RDA, principalmente o último líder comunista Egon Krenz, foram processados após a reunificação por crimes cometidos durante a Guerra Fria.

  1. Patrick Major, Jonathan Osmond, The Workers' and Peasants' State: Communism and Society in East Germany Under Ulbricht 1945–71, Manchester University Press, 2002, ISBN 9780719062896
  2. Karl Dietrich Erdmann, Jürgen Kocka, Wolfgang J. Mommsen, Agnes Blänsdorf. Towards a Global Community of Historians: the International Historical Congresses and the International Committee of Historical Sciences 1898–2000. Berghahn Books, 2005, pp. 314. ("However the collapse of the Soviet empire, associated with the disintegration of the Soviet satellite regimes in East-Central Europe, including the German Democratic Republic, brought about a dramatic change of agenda.")
  3. «Thousands rally in East Germany». Eugene Register-Guard. Associated Press. 29 de outubro de 1989. p. 5A 
  4. Grix, Jonathan; Cooke, Paul (2003). East German Distinctiveness in a Unified Germany. [S.l.: s.n.] p. 17. ISBN 978-1902459172 
  5. Peter E. Quint. The Imperfect Union: Constitutional Structures of German Unification. Princeton University Press, 2012, pp. 125–126.
  6. «The Victoria Advocate». Consultado em 21 de novembro de 2019 – via Google News 
  7. a b «More Than 1,100 Berlin Wall Victims». Deutsche Welle. 9 de agosto de 2005. Consultado em 8 de agosto de 2009. Cópia arquivada em 19 de outubro de 2017 
  8. «Victimized East Germans seek redress». St. Petersburg Times. 11 de setembro de 1990 
  9. Geoffrey Pridham, Tatu Vanhanen. Democratization in Eastern Europe Routledge, 1994. ISBN 0-415-11063-7 pp. 135

Developed by StudentB