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Cidade | ||||
de cima para baixo e da esquerda para a direita: Cidade Antiga de Alepo; Cidadela de Alepo; Soco de Al-Madina; Grande Mesquita de Alepo; Hotel Baron; Catedral de Santo Elias; rio Quwēq; panorama noturno | ||||
Apelido(s) | Al-Shahbaa (الشهباء) | |||
Localização | ||||
Localização de Alepo na Síria | ||||
Coordenadas | 36° 13′ 00″ N, 37° 10′ 00″ L | |||
Província | Alepo | |||
Distrito | Monte Simeão | |||
História | ||||
Fundação | 5000 a.C. | |||
Administração | ||||
Prefeito | Ahmad Hussein Diyab | |||
Governador | Mohammad Ayman Hallaq | |||
Características geográficas | ||||
Área total | 190 km² | |||
População total (2017) | 1 800 000 hab. | |||
Densidade | 9 473,7 hab./km² | |||
Altitude | 379 m |
Alepo (em árabe: حلب; romaniz.: ˈħalab; em turco: Halep) é uma cidade no norte da Síria, sendo a segunda maior cidade do país, capital da província homônima. A província se estende em torno da cidade, cobrindo uma área de 18 482 quilômetros quadrados, e abrangendo uma população de mais de 4,6 milhões habitantes (estimativa de 2010),[1] o que faz dele a maior província da Síria em termos de população. Alepo é uma das cidades mais antigas do mundo, tendo sido habitada desde 5 000 a.C., o que é evidenciado pelos edifícios residenciais descobertos em Tell Qaramel.[2] Ocupa uma posição comercial estratégica entre o mar Mediterrâneo e o rio Eufrates, e foi construída inicialmente sobre um pequeno grupo de morros que cerca um monte onde o castelo da cidade foi construído.[3] O pequeno rio Quwēq (قويق) cruza a cidade.
Por séculos Alepo foi a maior cidade da Grande Síria, e a terceira do Império Otomano, depois apenas de Constantinopla e Cairo. Embora esteja relativamente perto de Damasco em termos de distância, Alepo é diferente em sua identidade, arquitetura e cultura, todas marcadas por um contexto histórico-geográfico distinto.
A importância da cidade na história consistiu de sua localização, no fim da Rota da Seda asiática que cruzava a Ásia Central e a Mesopotâmia. Quando o canal de Suez foi inaugurado em 1869, o comércio passou a ser realizado pelo mar e Alepo começou seu declínio gradual. Com a queda do Império Otomano, após a Primeira Guerra Mundial, Alepo perdeu a área rural ao norte da cidade para a atual Turquia, bem como a importante linha férrea que a ligava a Mossul. Na década de 1940 perdeu seu principal acesso ao mar, Antioquia e Alexandreta (Iskenderun), também para a Turquia. Finalmente, o isolamento da Síria nas últimas décadas contribuiu para exacerbar a situação. Paradoxalmente, este declínio pode ter ajudado a preservar a antiga cidade de Alepo, sua arquitetura medieval e seu patrimônio tradicional. Alepo tem passado por um renascimento e vem voltando lentamente a uma posição de destaque, tendo conquistado recentemente o título de "Capital Islâmica da Cultura" em 2006 e testemunhado uma onda de restaurações bem-sucedidas de seus monumentos.
Entre 2012 e 2016, Alepo foi palco de intensas batalhas, que deixou boa parte da cidade em ruínas e causou milhares de mortos.[4]