Alquimia (do árabe: اَلْكِيمِيَاء; transl. al-kīmiyā; pelo grego antigo: χημεία; transl. khēmeíā; lit. "fusão de líquidos")[1] é uma teoria científica obsoleta, também considerada uma pseudociência,[2] desenvolvida na Idade Média. [2][3] Esta, possuía quatro objetivos principais, relacionados ao misticismo e ao oculto.[4] Apesar de não ter se originado neste período, por vezes, a alquimia é considerada a "química da Idade Média".[1][4][5]
Esta foi praticada por diversas civilizações da Idade Antiga, desde a China até a Grécia Antiga, migrando para o Egito durante o período helenístico. Algum tempo mais tarde, foi reintroduzida na Europa, em meados do século XII, através de traduções de textos em árabe para o latim.[2]
Existem quatro objetivos principais na sua prática. Um deles seria a "transmutação" dos metais inferiores ao ouro; o outro a obtenção do "Elixir da Longa Vida", um remédio que curaria todas as doenças, até a pior de todas (a morte), e daria vida longa àqueles que o ingerissem. Ambos os objetivos poderiam ser conseguidos ao obter a Pedra Filosofal, uma substância mística. O terceiro objetivo era criar vida humana artificial, os homunculus. O quarto objetivo era fazer com que a realeza conseguisse enriquecer mais rapidamente (este último talvez unicamente para assegurar a sua existência, não sendo um objetivo filosófico). É reconhecido que, apesar de não ter caráter científico, a alquimia foi uma fase importante na qual se desenvolveram muitos dos procedimentos e conhecimentos que mais tarde foram utilizados pela química.
A ideia da transformação de metais em ouro, acredita-se estar diretamente ligada a uma metáfora de mudança de consciência. A pedra seria a mente "ignorante" que é transformada em "ouro", ou seja, sabedoria. Esses estudiosos procuravam principalmente a busca pelo "Elixir da Longa Vida" e a "Pedra Filosofal".
Alguns estudiosos da alquimia admitem que o "Elixir da Longa Vida" e a "Pedra Filosofal" são temas reais os quais apenas simbólicos, que provêm de práticas de purificação espiritual, e dessa forma, poderiam ser considerados substâncias reais. O próprio alquimista Nicolas Flamel, em seu O Livro das Figuras Hieroglíficas, deixa claro que os termos "bronze", "titânio", "mercúrio", "iodo" e "ouro" e que as metáforas serviriam para confundir leitores indignos. Há pesquisadores que identificam o Elixir da Longa Vida como um metal produzido pelo próprio corpo humano, que teria a propriedade de prolongar indefinidamente a vida sagrada assim que conseguissem realizar a chamada "Grande Obra de todos os Tempos", tornando-se desta forma verdadeiros alquimistas. Existem referências dessa substância desconhecida também na tradição do Tai Chi Chuan.