Anarcofeminismo

A bandeira púrpura-negra reúne as cores do anarquismo e do feminismo

O anarcofeminismo ou anarcafeminismo[1][2] (em inglês: anarcha-feminism) é uma vertente do anarquismo, luta contra qualquer forma de poder autoritário, principalmente o poder do patriarcado que gera desigualdade de gênero, nítida nas diferenças salariais, sexismo utilizado na mídia tais como propagandas e violência doméstica, feminicídio e com altos índices em países subdesenvolvidos e até desenvolvidos. O movimento acredita na construção de uma sociedade baseada na cooperação, no cuidado, no apoio mútuo, amor livre, igualdade de gêneros, liberdade feminina, entre outros. Segundo qual não pode ser alcançado em uma sociedade capitalista baseada na moral burguesa onde princípios básicos da família é o tradicionalismo, que vê a mulher apenas como mãe que cuida da casa e dos filhos.

O termo anarcofeminismo foi difundido na segunda onda do feminismo, meados dos anos 60, movidos por livros escritos por mulheres e mudanças sociais, tais como as contraculturas que falavam sobre libertação sexual, amor livre e igualdade de gênero, entretanto, o anarcofeminismo é atribuído a textos anteriores a esse período. Tais como os escritos da “primeira onda feminista”, entre as mais reconhecidas é Mary Wollstonecraft e para teóricas do começo do século XX, Emma Goldman de origem lituana radicada nos EUA, que também considerou os escritos da americana Voltairine de Cleyre muito importantes para o movimento naquele período.

No Brasil, também houve manifestações anarcofeministas, o maior expoente foi a mineira Maria Lacerda de Moura, que ficou mais a par do movimento quando viajou para o Rio de Janeiro e estendeu suas influências viajando para São Paulo, participando e conhecendo outras mulheres do movimento entre as décadas de 1910-1930, no qual deu palestras e fez reuniões. Também houve outros movimentos anteriores aos anos 1960, tais como as “Mujeres Libres” na Espanha, que teve início como jornal e depois estendeu o movimento para diversas segmentações sociais em prol das mulheres. Após a vitória dos franquistas, o grupo ficou no ostracismo.

Posterior aos anos 1960, tiveram maior número de bandas femininas, em sua maioria discutiam diretamente ou indiretamente o papel da mulher na sociedade focando na liberdade feminina, o movimento mais conhecido foi Riot Grrrl, vertente do Hardcore Punk no final dos anos 1980 e começo dos anos 1990. O anarcofeminismo continua em ascensão nos anos 2000 principalmente em protestos feministas, como Pussy Riot, um grupo musical que protesta contra o estatuto das mulheres na Rússia, os protestos sempre direcionados a figura autoritária de Vladmir Putin.

  1. MARQUES, Gabriela Miranda (2014). «RIZOMA E COMUNICAÇÃO ANARCAFEMINISTA» (PDF). Consultado em 12 de janeiro de 2023 
  2. «FEMINISMOS: PLURALIDADE PRESENTE EM UM CAMPO DE DISPUTA DA MARCHA DAS VADIAS DE PORTO ALEGRE» (PDF). SenaCorpus. 2018. ISBN 978-85-61702-53-3. Consultado em 12 de janeiro de 2023 

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