Angkor

Angkor 

O templo Angkor Wat.

Critérios i, ii, iii, iv
Referência 668
Região Ásia e Oceania
País Camboja Camboja
Coordenadas 13º24'N 103º51'E
Histórico de inscrição
Inscrição 1992

Nome usado na lista do Património Mundial

  Região segundo a classificação pela UNESCO

Angkor (em quemer: អង្គរ, literalmente capital, também conhecida como Yasodharapura (quemer: យសោធរបុរៈ; em sânscrito: यशोधरपुर )[1][2] foi a capital do Império Khmer. A cidade e o império floresceram aproximadamente entre os séculos IX e XV. A cidade abriga o magnífico Angkor Wat, uma das atrações turísticas mais populares do Camboja.

A palavra Angkor é derivada do sânscrito nagara (नगर), que significa "cidade".[3] O período angkoriano começou no ano 802, quando o monarca khmer hindu Jayavarman II se declarou um "monarca universal" e "rei-deus", o que durou até o final do século XIV, primeiro caindo sob a suserania de Reino de Aiutaia em 1351. Uma rebelião khmer resultou no saque de Angkor em 1431 pelos aiutaias, fazendo com que sua população migrasse para o sul, para Lovek.

As ruínas de Angkor estão localizadas em meio a florestas e fazendas ao norte do Grande Lago (Tonlé Sap) e ao sul das Colinas Kulen, perto da atual cidade de Siem Reap, na província de Siem Reap. Os templos da área de Angkor somam mais de mil, variando em escala de pilhas indefinidas de entulho de tijolos espalhados por campos de arroz até Angkor Wat, considerado o maior monumento religioso do mundo. Muitos dos templos de Angkor foram restaurados e, juntos, constituem o local mais significativo da arquitetura quemer. Os visitantes chegam a dois milhões por ano, e toda a extensão, incluindo Angkor Wat e Angkor Thom, é protegida coletivamente como Patrimônio Mundial da UNESCO. A popularidade do local entre os turistas apresenta vários desafios para a preservação das ruínas.

Em 2007, uma equipe internacional de pesquisadores usando fotografias de satélite e outras técnicas modernas concluiu que Angkor havia sido a maior cidade pré-industrial do mundo, com um elaborado sistema de infraestrutura conectando uma expansão urbana de pelo menos mil quilômetros quadrados para os templos bem conhecidos em seu núcleo. Angkor é considerada uma "cidade hidráulica" porque tinha uma complicada rede de gerenciamento de água, que era usada para estabilizar, armazenar e dispersar sistematicamente a água por toda a área.[4] Acredita-se que esta rede tenha sido usada para irrigação, a fim de compensar a imprevisível estação das monções e também para sustentar o aumento da população. Embora o tamanho de sua população continue sendo um tópico de pesquisa e debate, os sistemas agrícolas recentemente identificados na área de Angkor podem ter sustentado entre 750 mil e um milhão de pessoas.[5]

  1. Headly, Robert K.; Chhor, Kylin; Lim, Lam Kheng; Kheang, Lim Hak; Chun, Chen. 1977. Cambodian-English Dictionary. Bureau of Special Research in Modern Languages. The Catholic University of America Press. Washington, D.C. ISBN 0-8132-0509-3
  2. Chuon Nath Khmer Dictionary (1966, Buddhist Institute, Phnom Penh)
  3. Benfey, Theodor (1866). A Sanskrit-English Dictionary: With References to the Best Edition of Sanskrit Author and Etymologies and Camparisons of Cognate Words Chiefly in Greek, Latin, Gothic, and Anglo-Saxon reprint ed. [S.l.]: Asian Educational Services. pp. 453, 464. ISBN 8120603702 
  4. Evans, D.; et al. (2007). «A comprehensive archaeological map of the world's largest pre-industrial settlement complex at Angkor, Cambodia». Proceedings of the National Academy of Sciences. 104: 14277-14282. doi:10.1073/pnas.0702525104 
  5. Metropolis: Angkor, the world's first mega-city, The Independent, August 15, 2007

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