Igreja Anglicana | |
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Sìmbolo da Comunhão Anglicana | |
Catedral de Cantuária, a sede do Arcebispo da Cantuária, o líder simbólico da Comunhão Anglicana | |
Denominação | Protestantismo clássico |
Orientação | Católica-Protestante (Via Média) |
Sede | Catedral de Cantuária |
Países em que atua | Inglaterra, Ilha de Man, Ilhas do Canal, Europa Continental, Gibraltar e Brasil |
Parte da série sobre o |
Anglicanismo |
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Anglicanismo ou Igreja Anglicana é uma tradição cristã ocidental que se desenvolveu a partir das práticas, liturgia e identidade da Igreja da Inglaterra após a Reforma Inglesa, no contexto da Reforma Protestante na Europa. A tradição inclui a Igreja da Inglaterra e outras igrejas historicamente ligadas àquela ou que têm crenças, práticas e estruturas semelhantes.[1] A tradição O termo anglicano tem origem em ecclesia anglicana, uma expressão medieval latina datada de, pelo menos, 1246, e que significa Igreja Inglesa. Os adeptos do Anglicanismo são designados por anglicanos. A grande maioria dos anglicanos é membro de igrejas que fazem parte da Comunhão Anglicana internacional.[2] Contudo, existem algumas igrejas fora da Comunhão Anglicana, que se consideram também anglicanos, em particular aqueles que se designam por igrejas do Movimento Anglicano Contínuo.[3]
Os anglicanos baseiam sua fé cristã na Bíblia, nas tradições da Igreja apostólica e episcopado histórico.[4] O anglicanismo forma um dos ramos do cristianismo ocidental, tendo declarado definitivamente sua independência da Santa Sé na época do Assentamento Religioso Elizabetano.[5] Muitos dos novos formulários anglicanos de meados do século XVI correspondiam de perto aos do protestantismo contemporâneo. Essas reformas na Igreja da Inglaterra foram compreendidas por um dos maiores responsáveis por elas, Thomas Cranmer, o Arcebispo de Canterbury, e outros como navegando um meio-termo entre duas das tradições protestantes emergentes, a saber, o luteranismo e o calvinismo.[6]
Na primeira metade do século XVII, a Igreja de Inglaterra e outras igrejas episcopais associadas na Irlanda e nas colónias inglesas na América, foram apresentadas por teólogos Anglicanos como tendo uma tradição cristã diferente, com teologias, estruturas e formas de oração que representavam um meio termo diferente, ou via media, entre a Reforma Protestante e o Catolicismo Romano — uma perspectiva que se tornaria muito influente nas teorias da identidade Anglicana, e foi expressa na descrição "Catholic and Reformed".[7] No seguimento da Revolução Americana, as congregações Anglicanas nos Estados Unidos e no Canadá foram ambas reorganizadas em igrejas autónomas com os seus próprios bispos e estruturas autónomas; estas, com a expansão do Império Britânico e a actividade das Missões Cristãs, foram adoptadas como modelo a muitas recém-criadas igrejas, em particular em África, Australásia e nas regiões do Pacífico. No século XIX, o termo Anglicanismo era utilizado para descrever a tradição religiosa comum destas igrejas; a Igreja Episcopal Escocesa, embora com origem na Igreja da Escócia, acabou por ser reconhecida como também partilhando da mesma identidade comum.