Antonio Canova

Antonio Canova
Antonio Canova
Retrato de Canova por Rudolph Suhrlandt, 1812. O artista está vestido com o traje de membro da Accademia di San Luca e tem nas mãos o projeto para sua escultura As Três Graças
Nascimento 1 de novembro de 1757
Possagno
Morte 13 de outubro de 1822 (64 anos)
Veneza
Nacionalidade italiano
Ocupação escultor

Antonio Canova (Possagno, 1 de novembro de 1757Veneza, 13 de outubro de 1822) foi um desenhista, pintor, antiquário e arquiteto italiano, mas é mais lembrado como escultor, desenvolvendo uma carreira longa e produtiva.

Seu estilo foi fortemente inspirado na arte da Grécia Antiga. Suas obras foram comparadas por seus contemporâneos com a melhor produção da Antiguidade, e foi tido como o maior escultor europeu desde Bernini, sendo celebrado por toda parte. Sua fundamental contribuição para a consolidação da arte neoclássica é equiparada à do teórico Johann Joachim Winckelmann e à do pintor Jacques-Louis David, mas não foi insensível à influência do Romantismo. Não teve discípulos regulares, mas influenciou a escultura de toda a Europa em sua geração, atraindo inclusive artistas dos Estados Unidos, permanecendo como uma referência ao longo de todo o século XIX especialmente entre os escultores do Academismo.

Também manteve um continuado interesse na pesquisa arqueológica, foi um colecionador de antiguidades e esforçou-se por evitar que o acervo de arte italiana, antiga ou moderna, fosse disperso por outras coleções do mundo. Neste sentido, merecem nota seu trabalho como Inspetor-Geral de Antiguidades e Belas Artes dos estados papais, supervisionando coleções, museus e escavações arqueológicas, e a importante missão diplomática de que foi incumbido pelo papa, depois da queda de Napoleão, para tentar reaver a vasta coleção de arte que o general havia confiscado na Itália durante sua campanha de conquista, tendo um sucesso apenas parcial, embora notável pela quantidade e valor das obras recuperadas, muitas delas icônicas, como a Vênus de Médici e o Apolo Belvedere. Deixou um legado no campo educativo como diretor da Accademia di San Luca em Roma e desenvolveu importante atividade de apoio aos jovens artistas.

Sempre muito louvado como artista, intelectual, mecenas, mestre e amigo, considerado por seus contemporâneos um modelo tanto de excelência artística como de virtude pessoal, recebeu diversos panegíricos e condecorações e foi nobilitado pelo papa Pio VII com os títulos de Cavaleiro e Marquês de Ischia. Com a ascensão da estética modernista, caiu no esquecimento, mas seu mérito foi restabelecido pela crítica a partir de meados do século XX, confirmando para ele um lugar de destaque na história da escultura do Ocidente.[1][2][3]

  1. Harrison, Charles; Wood, Paul & Gaiger, Jason. Art in theory, 1648-1815: an anthology of changing ideas. Wiley-Blackwell, 2000. p. 1156
  2. Balduino, Armando. Storia letteraria d'Italia. Tomo 2: L'Ottocento. Piccin, 1990. pp. 146-148
  3. Antonio Canova, marchese d’Ischia. Encyclopædia Britannica Online. 06 Nov. 2009

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