Arquitetura do Renascimento

Palácio Medici Riccardi, por Michelozzo, Florença, 1444. Exemplo de palácio florentino.
Villa Farnesina, Baldassarre Peruzzi, 1511. Exemplo de uma villa renascentista.
Santa Maria della Consolazione em Todi 1508-1607. Exemplo de igreja de planta central. Trabalharam na Cola da Caprarola, Antonio da Sangallo, o Velho, Baldassarre Peruzzi, Galeazzo Alessi, Michele Sanmicheli, Jacopo Vignola e Ippolito Scalza.
Villa Capra, Andrea Palladio, 1566. Exemplo de arquitetura Palladiana.

A arquitetura do Renascimento ou arquitetura Renascentista é a fase da arquitetura italiana que se desenvolveu de 1420 até meados do século XVI, com o retorno à vida da antiguidade clássica.[1] As principais características da arquitectura renascentista são de facto a sensibilidade para com o passado antigo, o renascimento das ordens clássicas, a clara articulação nas plantas e nos alçados, bem como as proporções entre as partes individuais dos edifícios.[1]

O estilo do chamado Quattrocento (c. 1400-1500), também conhecido como "primeiro Renascimento" teve origem em Florença,[a] favorecido pela afirmação da cultura burguesa e do humanismo, florescendo posteriormente noutras cortes como as de Mântua e de Urbino.[1][3] A fase subsequente quinhentista, do Alto Renascimento, (c. 1500-1525) conhecida como "Renascimento clássico",[3][4] teve o novo centro da vida artística em Roma, onde conceitos derivados da antiguidade clássica foram empregues com maior convicção, coexistindo no mesmo século com o maneirismo (c. 1520–1600), que é geralmente considerado pela historiografia como a terceira fase do Renascimento.[5] Durante o período maneirista, os arquitetos experimentaram usar formas arquitetónicas [b] para enfatizar relações sólidas e espaciais, ou seja espaço e massa.[nota 1][7] O ideal renascentista de harmonia deu lugar a ritmos mais livres e imaginativos.[8]

Nos séculos seguintes, as ideias arquitetónicas desenvolvidas na Itália espalharam-se também pelo resto da Europa, mas as obras resultantes pouco tinham em comum com as características da arquitetura italiana, consistindo na recuperação de detalhes romanos e no sentido de equilíbrio e estabilidade.[1] Produziu inovações em diversas esferas: tanto nos meios de produção - técnicas construtivas e materiais de construção - como na linguagem arquitetónica, que se refletiram numa teorização adequada e completa.[9]

O estilo renascentista enfatiza a simetria, a proporção, a geometria e a regularidade das partes, como são demonstradas na arquitetura da antiguidade clássica e, em particular, na arquitetura romana antiga, da qual muitos exemplos permaneceram. Arranjos ordenados de colunas, pilastras e lintéis, bem como o uso de arcos semicirculares, cúpulas hemisféricas, nichos e edículas substituíram os sistemas proporcionais mais complexos e os perfis irregulares dos edifícios medievais.

Na segunda fase renascentista, surgiu o estilo jacobino durante o reinado do rei James, o seu estilo seguiu as tendências do estilo elisabetano, ambos tiveram grandes monumentos e mansões com o seu estilo no Reino Unido. É também um momento em que as artes manifestam um projeto de síntese e interdisciplinaridade bastante impactante, em que as Belas Artes não são consideradas como elementos independentes, subordinando-se à arquitetura.

  1. a b c d N. Pevsner, J. Fleming, H. Honour, Dizionario di architettura, Einaudi, Torino 1981, voce Rinascimento.
  2. John McAndrew Venetian Architecture of the Early Renaissance (Cambridge, MA: The MIT Press, 1980).
  3. a b R. De Fusco, Mille anni d'architettura in Europa, Laterza, Bari 1999, p. 135.
  4. Arnaldo Bruschi. Bramante (London: Thames and Hudson, 1977).
  5. R. De Fusco, Mille anni di architettura in Europa, cit., p. 243.
  6. Ching 2012.
  7. a b Predefinição:Britannica URL
  8. [necessário verificar]Mark Jarzombek, «Pilaster Play» (PDF), Thresholds, 28 (Winter 2005): 34–41, consultado em 27 de Dezembro de 2010, cópia arquivada (PDF) em 26 de Outubro de 2012 
  9. P. Murray, Architettura del Rinascimento italiano


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