Artaxastra

Fragmento do Artaxastra escrito em placas de madeira

Artaxastra, Artasastra ou Arthashastra (AITS: Arthaśāstra) é um antigo tratado indiano sobre estadismo, política econômica e estratégia militar escrito em sânscrito. Seu autor é Cautília (Kauṭilya)[1][2], também chamado de Vichnugupta (Viṣṇugupta)[3] e Chanakya (c. 350−283 a.C.),[1] que foi um estudioso em Taxila e o professor e guardião do imperador Chandragupta Máuria, o fundador do Império Máuria. O texto foi influente até o século XII, quando desapareceu. Foi redescoberto em 1904 por Rudrapatnam Shamasastry, que publicou-o em 1909.[4] Roger Boesche descreve o Artaxastra como "um livro de realismo político, um livro de análise de como o mundo político realmente funciona e não de como ele deveria funcionar, um livro que revela, para um rei, quais medidas calculistas e às vezes brutais ele deve tomar para preservar o Estado e o bem comum."[5]

Centralmente, o Artaxastra argumenta como, em uma autocracia, uma economia sólida e eficiente pode ser gerenciada. Discute a ética da economia e os deveres e obrigações de um rei.[6] O escopo do Artaxastra é, contudo, muito mais amplo que estatismo, e oferece um esboço de todo o quadro jurídico e burocrático para gerir um reino, com uma riqueza detalhes culturais descritivos sobre tópicos como a mineralogia, mineração e metais, agricultura, pecuária, medicina e o uso de animais selvagens.[7] O Artaxastra também foca sobre assuntos de bem-estar (por exemplo, redistribuição da riqueza durante uma fome[8]) e ética coletiva que mantêm uma sociedade unida.[9]


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