Aureliano | |
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Imperador Romano | |
Reinado | c. maio de 270 a c. outubro de 275 |
Predecessor | Quintilo |
Sucessor | Tácito |
Nascimento | 9 de setembro de 214 possivelmente Sérdica ou Sirmio, Império Romano |
Morte | c. outubro de 275 (61 anos) Cenofrúrio, Trácia, Império Romano |
Nome completo | Lúcio Domício Aureliano |
Esposa | Úlpia Severina |
Religião | Henoteísmo do Sol Invicto |
Lúcio Domício Aureliano (Sérdica ou Sirmio, 9 de setembro de 214 – Cenofrúrio, outubro de 275) foi imperador do Império Romano de 270 a 275. De origens humildes, filho de um camponês e uma liberta que supostamente era sacerdotisa de Sol Invicto, ascendeu nas fileiras do exército sob Galiano (r. 253–268) e Cláudio Gótico (r. 268–270) e opôs-se a Quintilo, a quem sucede em setembro de 270 como imperador. Casou-se com Úlpia Severina, uma personalidade quase desconhecida, e com uma filha de nome incerto da imperatriz Zenóbia (r. 267–272).
Durante seu reinado, derrotou os alanos após uma devastadora guerra. Também derrotou os vândalos, jutungos, sármatas e carpos. Restaurou a fronteira oriental do Império Romano após derrotar a imperatriz Zenóbia (r. 267–272) e conquistar o Império de Palmira em 272/273 e em 274 conquistou o Império das Gálias, no Ocidente, ao derrotar o imperador Tétrico I (r. 270–274) na Batalha de Châlons. Suas vitórias no Oriente e Ocidente restauraram a integridade do Império Romano e lhe renderam os títulos de "Restituidor do Oriente" e "Restituidor do Orbe", bem como foram celebradas em grande triunfo ocorrido em Roma em 274. Igualmente foi responsável pela construção das chamadas Muralhas Aurelianas em Roma e o abandono da província da Dácia em decorrência da crescente pressão dos povos bárbaros.
Seus sucessos foram instrumentais para o fim da chamada Crise do Terceiro Século, que se iniciou em 235 com a morte de Alexandre Severo (r. 222–235). Ele foi o segundo dos notadamente exitosos "imperadores soldados" conhecidos como "imperadores ilíricos" que ajudaram o Império Romano a restaurar seu poder e prestígio durante as últimas décadas do século III e começo do IV. G.Aureliano, em particular, foi celebrado por sua disciplina e conduta exemplar que exigia no exército, bem como pelas reformas que implementou em seu breve reinado. Reorganizou a economia, com uma reforma monetária que pretendia conter a desvalorização crescente da moeda, e fortaleceu o poder central. Ele também interveio no plano religioso com a introdução do culto a Sol Invicto, uma divindade originária de Palmira, identificada com o deus Mitra, que era muito popular entre os soldados.