Azoto

 Nota: Este artigo é sobre o elemento químico Nitrogênio. Para outros significados, veja Azoto (desambiguação).
Azoto
CarbonoAzotoOxigénio
 
 
7
N
 
               
               
                                   
                                   
                                                               
                                                               
N
P
Tabela completaTabela estendida
Aparência
gás, líquido ou sólido incolor



Linhas espectrais do azoto.
Informações gerais
Nome, símbolo, número Azoto, N, 7
Série química Não metal
Grupo, período, bloco 15 (VA), 2, p
Densidade, dureza 1,2506 kg/m3, ?
Número CAS 7727-37-9
Número EINECS 231-783-9
Propriedade atómicas
Massa atómica 14,0067(2) u
Raio atómico (calculado) 65 pm
Raio covalente 75 pm
Raio de Van der Waals 155 pm
Configuração electrónica [He] 2s2 2p3
Elétrons (por nível de energia) 2, 5 (ver imagem)
Estado(s) de oxidação ±3, 5, 4, 2 (ácido forte)
Óxido
Estrutura cristalina hexagonal
Propriedades físicas
Estado da matéria gasoso
Ponto de fusão -210.01 °C [1] 63,15 K
Ponto de ebulição -195.79 °C [1] 75,36 K
Entalpia de fusão 0,3604 kJ/mol
Entalpia de vaporização 2,7928 kJ/mol
Temperatura crítica  K
Pressão crítica  Pa
Volume molar 13,54×10-6 m3/mol
Pressão de vapor
Velocidade do som 334 m/s a 20 °C
Classe magnética diamagnético
Susceptibilidade magnética
Permeabilidade magnética
Temperatura de Curie  K
Diversos
Eletronegatividade (Pauling) 3,04
Calor específico 1040 J/(kg·K)
Condutividade elétrica S/m
Condutividade térmica 0,02598 W/(m·K)
1.º Potencial de ionização 1402,3 kJ/mol
2.º Potencial de ionização 2856 kJ/mol
3.º Potencial de ionização 4578,1 kJ/mol
4.º Potencial de ionização 7475 kJ/mol
5.º Potencial de ionização 9444,9 kJ/mol
6.º Potencial de ionização 53266,6 kJ/mol
7.º Potencial de ionização 64360 kJ/mol
8.º Potencial de ionização {{{potencial_ionização8}}} kJ/mol
9.º Potencial de ionização {{{potencial_ionização9}}} kJ/mol
10.º Potencial de ionização {{{potencial_ionização10}}} kJ/mol
Isótopos mais estáveis
iso AN Meia-vida MD Ed PD
MeV
13Nsintético9,965 minε220013C
14N99,634%estável com 7 neutrões
15N0,366%estável com 8 neutrões
Unidades do SI & CNTP, salvo indicação contrária.

O azoto, nitrogénio (português europeu) ou nitrogênio (português brasileiro) é um elemento químico com símbolo N, número atómico 7 e de massa atómica 14,00674 u (7 protões e 7 neutrões, com adição da pequena massa dos 7 eletrões), representado no grupo (ou família) 7 (antigo VO) da tabela periódica.[2] Pertence à família dos pnicogénios. O nitrogénio foi descoberto pelo médico escocês Daniel Rutherford em 1772, como componente separável do ar. Em condições normais forma um gás diatómico (N2), incolor, inodoro, insípido e principalmente inerte, não participando da combustão e nem da respiração. Condensa a aproximadamente 77 K (-196 °C) e solidifica a aproximadamente 63 K (-210 °C). que constitui 78,08% do volume do ar atmosférico.[3] Embora o nitrogênio dentro dos solos e da vegetação terrestre seja amplamente considerado proveniente da atmosfera, rochas resistidas contribui com 6% a 17% da provisão total de nitrogênio terrestre, ou 11 a 18 teragramas de nitrogênio anualmente.[4]

O nitrogénio é um elemento comum no Universo. Estima-se que seja o sétimo elemento mais abundante na Via Láctea e no Sistema Solar. É sintetizado pela fusão de carbono e hidrogénio nas supernovas. Devido à volatilidade do nitrogénio elementar e dos seus compostos mais usuais, o nitrogénio é muito menos comum nos planetas rochosos do sistema solar interior, para além de ser, no geral, um elemento relativamente raro na Terra. Contudo, da mesma forma que na Terra, o nitrogénio e os compostos do nitrogénio possuem uma grande presença na atmosfera dos planetas e satélites que o têm. O nitrogênio no manto provavelmente existe desde a formação inicial do planeta.[5]

Muitos compostos de importância industrial, como amoníaco, o ácido nítrico, os nitratos orgânicos (propelentes e explosivos), bem como cianetos, contêm nitrogénio. A ligação extremamente forte de nitrogénio elementar domina a química do nitrogénio, tornando difícil tanto para os organismos como para a indústria transformar o N2 em compostos úteis, libertando grandes quantidades de energia quando estes compostos são queimados ou se degradam em gás nitrogénio. O amoníaco e os nitratos produzidos sinteticamente são importantes fertilizantes industriais. Os nitratos fertilizantes são contaminantes que desempenham um papel significativo na eutrofização dos sistemas aquáticos.

Além de seus principais usos como fertilizantes e stocks de energia, o nitrogénio forma compostos orgânicos versáteis. O nitrogénio constitui parte de materiais tão diversos quanto o kevlar e a supercola de cianoacrilato. O nitrogénio é parte integrante das moléculas de todas as grandes classes de medicamentos, incluindo os antibióticos. Muitos medicamentos imitam ou são pró-fármacos de moléculas de sinalização que contêm nitrogénio. Por exemplo, nitroglicerina e nitroprussiato, ambos nitratos orgânicos, controlam a pressão sanguínea ao metabolizar-se em óxido nítrico natural. Os alcaloides vegetais (que são amiúde substâncias de defesa) contêm nitrogénio por definição. Portanto, muitos fármacos importantes que contêm nitrogénio, como a cafeína e a morfina, são ou alcaloides ou imitadores sintéticos que actuam (da mesma forma que muitos alcaloides vegetais) sobre os receptores dos neurotransmissores dos animais (por exemplo, as anfetaminas sintéticas).

O nitrogénio está presente em todos os seres vivos. É um elemento constituinte do aminoácidos e, portanto, das proteínas, bem como dos ácidos nucleicos (o ADN e o ARN). O corpo humano possui cerca de 3% do seu peso em nitrogénio. Trata-se do quarto elemento mais abundante no corpo depois do oxigénio, carbono e hidrogénio. O ciclo de nitrogénio descreve o movimento deste elemento desde a atmosfera para a biosfera e os compostos orgânicos e o retorno à atmosfera novamente.

Considera-se que foi descoberto formalmente por Daniel Rutherford em 1772 ao determinar algumas de suas propriedades. Entretanto, pela mesma época, também se dedicou ao seu estudo Scheele que o isolou.

  1. a b «Nitrogen». Hazardous Substances Data Bank. Consultado em 2 de março de 2010 
  2. Nitrogen, no site www.webelements.org
  3. «NASA Earth Fact Sheet» (em inglês). 17 de Novembro de 2010. Consultado em 24 de Dezembro de 2015 
  4. Bedrock Holds Unexpected Source of Global Nitrogen por Michelle Hampson (2018)
  5. «New geochemical tool reveals origin of Earth's nitrogen: Novel analysis method may also be useful for monitoring volcanic activity». ScienceDaily (em inglês). Consultado em 25 de maio de 2020 

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