Batismo de Jesus

 Nota: Para a pintura renascentista de Verrocchio, veja O Batismo de Cristo.
Batismo de Cristo 1481-1483. Por Perugino, na Capela Sistina, no Vaticano.

O batismo de Jesus marca o início do ministério público de Jesus. Este evento é narrado nos três evangelhos sinóticos (Mateus, Lucas e Marcos), enquanto que em João 1:29–33, que não é uma narrativa direta, João Batista testemunha o episódio.[1][2] O batismo é um dos seis eventos mais importantes da narrativa evangélica sobre a vida de Jesus, os outros sendo a encarnação do verbo e nascimento, a transfiguração, a crucificação, a ressurreição e a ascensão.[3][4]

João Batista pregava o "batismo pela água", não de perdão ou contrição, mas para a remissão dos pecados (Lucas 3:3) e se declarava um precursor d'Aquele que iria batizar "com o Espírito Santo e com o fogo" (Lucas 3:16). Ao fazê-lo, ele estava preparando o caminho para o "Senhor".[5] Jesus veio até o Rio Jordão, onde ele foi batizado por João num lugar que é tradicionalmente conhecido como Qasr al-Yahud ("Castelo dos Judeus").[5][6][7][8][9] Este evento termina com o céu se abrindo, a descida do Espírito Santo na forma de uma pomba e uma voz divina anunciando: "Tu és o meu Filho dileto, em ti me agrado.".[10] A voz combina frases chave do Antigo Testamento: "Meu Filho" (o rei da linhagem de David adotado como Filho de Deus em Salmos 2:1 e Salmos 10:1, "dileto" (ou "bem-amado" - como Isaque em Gênesis 22:) e "em ti me agrado" (o servo de Deus em Isaías 42:1)[5]

A maior parte das denominações cristãs veem o batismo de Jesus como um evento importante e a base para o rito cristão do batismo (veja também Atos 19:1–7). A controvérsia reside principalmente com a relação do ato com a heresia do cristianismo primitivo conhecida como adocionismo, que pregava que Jesus só ali se tornou o Filho de Deus.

No cristianismo oriental, o batismo de Jesus é comemorado no dia 6 de janeiro, a festa da Epifania.[11] Na Igreja Católica, na Comunhão Anglicana e em outras denominações ocidentais, ela é relembrada num dia da semana seguinte, a festa do Batismo do Senhor. No catolicismo romano, o batismo de Jesus é um dos Mistérios Luminosos do Santo Rosário.

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  3. Essays in New Testament interpretation by Charles Francis Digby Moule 1982 ISBN 0521237831 page 63
  4. The Melody of Faith: Theology in an Orthodox Key by Vigen Guroian 2010 ISBN 0802864961 page 28
  5. a b c Harrington, Daniel J., SJ. "Jesus Goes Public." America, Jan. 7-14, 2008, pp.38ff
  6. Mateus 3:13–17
  7. II Coríntios 5:21; Hebreus 4:15; I Pedro 3:18
  8. O Evangelho de Mateus, sem paralelo nos demais, inclui uma conversa entre Jesus e João. Este humildemente reluta em batizar Jesus, insistindo ao invés disso que Jesus é quem deveria batizá-lo. A preocupação de João parece ser de duas naturezas: (1) João batizou outros pela contrição e para perdoar os pecados, algo que Jesus, sem pecado, não necessitaria; (2) O ministério de João Batista incluía a vinda de um "mais poderoso" que ele que iria trazer uma nova forma de batismo - não apenas com água, mas com o Espírito Santo e com fogo. Jesus insistiu e João cedeu em batizá-lo. Ao aceitar, Jesus é visto como se identificando e demonstrando toda a sua solidariedade com a humanidade pecadora, pois de acordo com o próprio Novo Testamento, ele era desprovido de pecados.
  9. Ao tomar o lugar dos pecadores, colocando a culpa sobre si e levando-a às profundezas do Jordão, o batismo de Jesus por João marca a sua aceitação da morte dos pecados, enquanto que a sua volta da água representaria a sua ressurreição. - Papa Bento XVI. Jesus de Nazaré (ed. em inglês) Doubleday Religion, 2007. ISBN 978-0-385-52341-7
  10. Marcos 3:11. Ver também Mateus 3:17 e Lucas 3:21–22
  11. http://www.pravoslavieto.com/calendar/feasts/01.06_Bogojavlenie/istoria.htm

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