Bernardo de Claraval | |
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São Bernardo de Claraval Séc. XVII. No estilo de Philippe de Champaigne, atualmente em Saint-Étienne-du-Mont, em Paris. | |
Abade de Claraval; Doutor da Igreja (Doctor Mellifluus) | |
Nascimento | 4 de dezembro de 1090 Castelo de Fontaine-lès-Dijon, Borgonha |
Morte | 20 de agosto de 1153 (62 anos) Claraval, na moderna França |
Canonização | 18 de janeiro de 1174 por Papa Alexandre III |
Festa litúrgica | 20 de agosto |
Atribuições | hábito branco dos cistercienses; diabo preso numa corrente; cão branco |
Padroeiro | Cistercienses; Borgonha; templários; apicultores |
Portal dos Santos |
Bernardo de Claraval (em francês: Bernard de Clairvaux; castelo de Fontaine-lès-Dijon, 1090 — Ville-sous-la-Ferté, 20 de agosto de 1153) foi um abade francês, canonizado em 1174 e proclamado Doutor da Igreja. Foi o principal responsável por reformar a Ordem de Cister, na qual entrou logo depois da morte de sua mãe. Foi o fundador da Abadia de Claraval (Clairvaux), na Diocese de Langres.
Em 1128 Bernardo participou do Concílio de Troyes, que delineou a regra monástica que guiaria os Cavaleiros Templários e que rapidamente tornou-se o ideal de nobreza utilizado no mundo cristão. Depois da morte do papa Honório II em 1130, Bernardo foi instrumental para reconciliar a Igreja durante o chamado "cisma papal de 1130", que só terminaria definitivamente com a morte do antipapa Anacleto II em 1138.
No ano seguinte, Bernardo ajudou a organizar o Segundo Concílio de Latrão. Em 1141, Inocêncio convocou o Concílio de Sens para tratar da denúncia de Bernardo contra Pedro Abelardo. Com bastante experiência em curar cismas na Igreja, Bernardo foi em seguida recrutado para ajudar no combate às heresias que grassavam no sul da França.
No Oriente Médio, depois da derrota cristã no cerco de Edessa, o papa encarregou Bernardo de pregar a Segunda Cruzada, cujo fracasso seria depois considerado parcialmente culpa sua.
Bernardo morreu aos 63 anos, depois de passar quarenta anos enclausurado. Foi o primeiro cisterciense no calendário de santos, tendo sido canonizado por Alexandre III em 18 de janeiro de 1174. Em 1830, Pio VIII proclamou-o Doutor da Igreja.
Entre suas obras estão a regra monástica da Ordem dos Templários, o "Tratado do Amor de Deus" e o "Comentário ao Cântico dos Cânticos". É também o compositor ou redator do hino "Ave Maris Stella" e da invocação " Ó clemente, ó piedosa, ó doce Virgem Maria" da oração "Salve Rainha".[1]