Bertha Lutz

 Nota: Se procura pela premiação, veja Diploma Bertha Lutz.
Bertha Lutz
Bertha Lutz
Nome completo Bertha Maria Júlia Lutz
Conhecido(a) por importância no feminismo, biologia e na educação no Brasil
Nascimento 2 de agosto de 1894
São Paulo
Morte 16 de setembro de 1976 (82 anos)
Rio de Janeiro
Residência Brasil
Nacionalidade brasileira
Alma mater Sorbonne
Assinatura
Instituições Museu Nacional (Rio de Janeiro)
Campo(s) Biologia

Bertha Maria Júlia Lutz (São Paulo, 2 de agosto de 1894Rio de Janeiro, 16 de setembro de 1976) foi uma ativista feminista, bióloga, educadora, diplomata e política brasileira. Era filha de Adolfo Lutz, cientista e pioneiro da medicina tropical. Foi uma das figuras mais significativas do feminismo e da educação no Brasil do século XX.

Bertha era cientista, tal como seu pai. Especializou-se em anfíbios e, em 1919, tornou-se secretária e pesquisadora do Museu Nacional do Rio de Janeiro,[1] sendo a segunda mulher a fazer parte do serviço público do país. Mais tarde, foi promovida a chefe do departamento de Botânica do Museu, posição que ocupou até se aposentar, em 1964.[2] Em agosto de 1965, recebeu o título de professora emérita da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).[3]

A carreira política de Bertha começou em 1934, quando ela se candidatou à Câmara dos Deputados pela legenda do Partido Autonomista do Distrito Federal, representando a Liga Eleitoral Independente, criada por ela em 1932 e ligada à Federação Brasileira pelo Progresso Feminino. Obteve a primeira suplência e tomou posse em 28 de junho de 1936, após a morte do deputado titular Cândido Pessoa.[4] Ela foi a segunda mulher a ocupar o cargo de deputada, mas seu mandato foi interrompido pelo Estado Novo.[5]

Internacionalmente, ela integrou a delegação brasileira à Conferência das Nações Unidas sobre Organização Internacional em São Francisco, no Estados Unidos, em 1945, onde lutou para incluir menções sobre igualdade de gênero no texto da Carta das Nações Unidas. Embora quatro mulheres tenham assinado a Carta, apenas Bertha e a delegada da República Dominicana, Minerva Bernardino, defenderam os direitos femininos. Por seu trabalho em vários campos científicos e sociais, Lutz foi homenageada de várias maneiras. Seu nome foi usado em espécies de répteis e anfíbios, assim como em logradouros, escolas e premiações. Bertha não casou e não teve filhos ou sobrinhos, já que seu irmão, Gualter, morreu em 1966.[6] Ela viveu até os 82 anos e morreu em 1976 em um asilo no Rio de Janeiro, vítima de uma pneumonia aguda.[7][8]

  1. «Bertha Lutz, naturalista, bióloga, sufragista e feminista». www.museunacional.ufrj.br. Seção de Memória e Arquivo - Museu Nacional - UFRJ. Consultado em 5 de maio de 2019 
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  6. Marques 2000, p. 24.
  7. Fundação Carlos Chagas (ed.). «Mulherio» (PDF). Consultado em 7 de agosto de 2021 
  8. Revista Galileu, ed. (8 de março de 2019). «Bertha Lutz, a bióloga pioneira no movimento de igualdade de gênero». Consultado em 8 de maio de 2021 

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