Blade Runner | |||||
---|---|---|---|---|---|
Blade Runner - Perigo Iminente[1][2] (prt) Blade Runner - O Caçador de Androides,[3] ou Blade Runner, o Caçador de Androides[4] (bra) | |||||
Pôster promocional | |||||
Estados Unidos Hong Kong[5] 1982 • cor • 117 min | |||||
Gênero | ação aventura ficção científica | ||||
Direção | Ridley Scott | ||||
Produção | Michael Deeley | ||||
Roteiro | Hampton Fancher David Peoples | ||||
Baseado em | Do Androids Dream of Electric Sheep?, de Philip K. Dick | ||||
Elenco | Harrison Ford Rutger Hauer Sean Young Edward James Olmos Daryl Hannah | ||||
Música | Vangelis | ||||
Cinematografia | Jordan Cronenweth | ||||
Edição | Terry Rawlings Marsha Nakashima | ||||
Companhia(s) produtora(s) | The Ladd Company Shaw Brothers Blade Runner Partnership | ||||
Distribuição | Warner Bros. Pictures | ||||
Lançamento | 25 de junho de 1982 26 de julho de 1982[6] | ||||
Idioma | inglês | ||||
Orçamento | US$ 28 milhões[7] | ||||
Receita | US$ 33,8 milhões[8] | ||||
Cronologia | |||||
|
Blade Runner (Blade Runner - O Caçador de Androides no Brasil) é um filme de ficção científica neo-noir honcongo-estadunidense de 1982 dirigido por Ridley Scott e estrelado por Harrison Ford, Rutger Hauer, Sean Young e Edward James Olmos. O roteiro, escrito por Hampton Fancher e David Peoples, é vagamente baseado no romance Do Androids Dream of Electric Sheep?, de Philip K. Dick.
O filme se passa em novembro de 2019 numa decadente e futurista cidade de Los Angeles decaída com a poluição, o consumismo exacerbado e a consequente busca de novas formas de colonização em outros planetas, para a qual as pessoas são convidadas a aventurarem-se em face do colapso da civilização humana, tanto material quanto moralmente. Destaca-se o quão visionário foi o diretor Ridley Scott, na medida em que a globalização tão amplamente difundida nas últimas décadas, encontra nesta película, um final catastrófico, melancólico e deprimente — animais extintos são clonados e replicados a exemplo do principal quinhão no filme — replicantes humanos; a existência de uma profusão de culturas, etnias, credos e costumes. Com efeito, mexicanos, chineses, árabes e toda uma gama de culturas convivem neste ambiente sombrio e desanimador. Neste contexto, seres humanos artificiais, chamados replicantes, são criados e usados nas mais nocivas atividades, na Terra e, principalmente fora dela. A empresa responsável se chama Tyrell Corporation. Após um motim, os replicantes são banidos na Terra, passando a ser usados para trabalhos perigosos, servis e de prazer nas colônias extraterrenas da Terra. Replicantes que desafiam esse banimento e retornam para a Terra são caçados e "aposentados" pelos operativos especiais da polícia conhecidos como "caçadores de replicantes". O enredo se foca em um brutal e astuto grupo de replicantes que recentemente escapou e está se escondendo em Los Angeles, e no aposentado caçador de replicantes Rick Deckard, que relutantemente concorda em realizar mais um trabalho para caçá-los.
O filme é uma fina ironia acerca das questões fundamentais que afligem a espécie humana e, é exatamente neste ponto, sob o espectro da moral, da ética e da busca do sentido para a vida, é que as pessoas acabam fazendo com os replicantes tudo aquilo que as fazem sofrer e o que lhe acarretam as mazelas e vicissitudes da vida.
Blade Runner inicialmente polarizou a crítica especializada: alguns não gostaram de seu ritmo, enquanto outros gostaram de sua temática complexa. O filme foi muito mal nas bilheterias da América do Norte; apesar do fracasso comercial, ele desde então se tornou um clássico cult[9] e é atualmente considerado um dos melhores filmes já feitos. Blade Runner foi elogiado por seu desenho de produção, mostrando um futuro "retrofit",[10][11] e permanece como um dos principais exemplos do gênero neo-noir.[12] Blade Runner chamou a atenção de Hollywood para o trabalho do escritor Philip K. Dick, com vários filmes posteriores tendo sido baseados por suas obras.[13] Ridley Scott considera Blade Runner como "provavelmente" o seu filme mais completo e pessoal.[14][15] Em 1993, o filme foi selecionado para preservação no National Film Registry da Biblioteca do Congresso como sendo "cultural, histórica ou esteticamente significante".
Sete versões diferentes do filme já foram exibidas em vários mercados como resultados de mudanças controversas feitas pelos executivos do filme. Um apressado Director's Cut foi lançado em 1992 depois de fortes reações a exibições testes. Isso, em conjunto com a popularidade do aluguel de vídeo, fez este ser um dos primeiros filmes a ser lançado em DVD, resultando em um disco básico com uma qualidade medíocre de vídeo e áudio.[16] Em 2007, a Warner Bros. lançou o The Final Cut, uma versão digitalmente remasterizada de 25 anos feita por Scott, em cinemas selecionados e posteriormente em DVD, HD DVD e Blu-ray.[17]
A sequência, intitulada Blade Runner 2049, foi lançada em 6 de outubro de 2017.