Brincadeira

 Nota: Para outros significados, veja Brincadeira (desambiguação).
Crianças brincando de esconde-esconde em uma floresta em pintura do século XIX.

Brincadeira é a ação de brincar, de entreter, de distrair. Pode ser uma brincadeira recreativa como brincar de "esconde-esconde" ("jogar às escondidas", em Portugal) ou um gracejo, como trocadilhos ou insinuações.

O brincar em família pode ser a via privilegiada para se estabelecer, com o filho, interação rica que favoreça um vínculo e que contribua para o seu desenvolvimento afetivo.

A brincadeira contribui muito para o desenvolvimento da criança. Através dela, o professor estimula a autonomia de cada indivíduo. Ainda, quando a criança encontra-se no Pré-Operatório (caráter lúdico do pensamento simbólico), segundo Jean Piaget, ela é extremamente egocêntrica, centrada em si mesma e para tudo deve haver uma explicação. A brincadeira nessa etapa da educação é fundamental, pois ela passa a ter de lidar com os diferentes pontos de vista de seus colegas e tenta resolver diferentes problemas de diferentes formas, sempre com o auxílio da professora e respeitando as regras/combinados.

A importância de brincar na educação infantil é essencial e necessária, pois ajuda na construção da identidade, na formação de indivíduos na capacidade de se comunicar com o outro, reproduzindo seu cotidiano e caracterizando o processo de aprendizagem. O ato de brincar possui uma dimensão simbólica que contribui para impulsionar o desenvolvimento infantil, pois, "nas brincadeiras, a criança tenta compreender seu mundo ao reproduzir situações da vida. Quando imita, a criança está tentando compreender".[1]

É inquestionável a necessidade de brincar para o desenvolvimento das crianças, logo justifica-se de imediato a natureza do negócio dos brinquedos. Objetos de cultura, os brinquedos capturam e transmitem valores, ideologias, expectativas no campo campo social, sendo também uma ferramenta fundamental através das qual a criança se desenvolve fisicamente. 

Atualmente, as brincadeiras ganharam novas formas, pois os brinquedos passaram a fazer parte dos bens de consumo corrente. A oferta de brinquedos é muita nas prateleiras das lojas, o que torna mais fácil o consumo,até, porque, cada vez mais são criativos e com tecnologias avançadas. Os brinquedos tradicionais e simples estão a perder espaço nas prateleiras e categorizá-las cada vez mais é difícil.

  1. KISHIMOTO, Tizuko Morchida (org) (2008). O Brincar e suas teorias. São Paulo: Cengage Learning 

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