De acordo com a sociologia das organizações, a burocracia é uma organização ou estrutura organizativa caracterizada por regras e procedimentos explícitos e regularizados, divisão de responsabilidades e especialização do trabalho, hierarquia e relações impessoais.[1] Em princípio, o termo pode referir-se a qualquer tipo de organização - empresas privadas, públicas, sociais, com ou sem fins lucrativos. [2]
Popularmente, o termo é também usado com sentido pejorativo, significando uma administração com muitas divisões, regras, controles e procedimentos redundantes e desnecessários ao funcionamento do sistema, veja por exemplo, em red tape. [2]
O termo burocracia refere-se a um corpo de governantes não eleitos, bem como a um grupo administrativo de formulação de políticas. Historicamente, uma burocracia era uma administração governamental administrada por departamentos com funcionários não eleitos. [2] Hoje, a burocracia é o sistema administrativo que rege qualquer grande instituição, seja de propriedade pública ou privada. A administração pública em muitas jurisdições e subjurisdições exemplifica a burocracia, mas também qualquer estrutura hierárquica centralizada de uma instituição, por exemplo, hospitais, entidades acadêmicas, firmas comerciais, sociedades profissionais, clubes sociais, etc. [2]
Há dois dilemas fundamentais na burocracia. O primeiro dilema gira em torno de se os burocratas devem ser autônomos ou diretamente responsáveis perante seus controladores políticos. O segundo dilema gira em torno do comportamento dos burocratas seguindo estritamente a lei ou se eles têm margem de manobra para determinar soluções apropriadas para circunstâncias variadas.[2]
Vários comentaristas defenderam a necessidade de burocracias na sociedade moderna. O sociólogo alemão Max Weber (1864-1920) argumentou que a burocracia constitui a maneira mais eficiente e racional pela qual a atividade humana pode ser organizada e que processos sistemáticos e hierarquias organizadas são necessários para manter a ordem, maximizar a eficiência e eliminar o favoritismo. Por outro lado, Weber também via a burocracia irrestrita como uma ameaça à liberdade individual, com o potencial de prender os indivíduos em uma " gaiola de ferro " impessoal de controle racional baseado em regras. [2]