Carlos, Conde de Molina

 Nota: "Carlos V da Espanha" redireciona para este artigo. Para o monarca do século XVI, veja Carlos V do Sacro Império Romano-Germânico.
Carlos
Infante da Espanha
Conde de Molina
Carlos, Conde de Molina
Pretendente Carlista ao Trono Espanhol
Período 1 de outubro de 1833
a 18 de maio de 1845
Sucessor Carlos VI
Nascimento 29 de março de 1788
  Palácio Real de Aranjuez, Aranjuez, Espanha
Morte 30 de março de 1855 (67 anos)
  Trieste, Império Austríaco
Sepultado em Catedral de Trieste, Trieste, Itália
Nome completo  
Carlos María Isidro de Borbón y Borbón-Parma
Esposas Maria Francisca de Portugal (1816–1834)
Maria Teresa de Portugal (1838–1855)
Descendência Carlos, Conde de Montemolín
João, Conde de Montizón
Fernando de Espanha
Casa Bourbon
Pai Carlos IV de Espanha
Mãe Maria Luísa de Parma
Religião Catolicismo
Assinatura Assinatura de Carlos
Brasão

Carlos de Bourbon (em castelhano: Carlos María Isidro de Borbón; Aranjuez, 29 de março de 1788Trieste, 30 de março de 1855), conhecido na literatura lusófona pela designação de Infante Carlos de Bourbon, foi um infante da Espanha, segundo filho sobrevivente do rei Carlos IV da Espanha e de sua esposa, a princesa Maria Luísa de Parma. Ele foi o primeiro dos pretendentes carlistas ao trono da Espanha sob o nome de Carlos V. Carlos reivindicou o trono da Espanha após a morte de seu irmão mais velho, o rei Fernando VII, em 1833. Sua reivindicação foi contestada por forças liberais leais à filha do rei morto. O resultado foi a sangrenta Primeira Guerra Carlista (1833-1840). Dom Carlos teve apoio das províncias bascas e de grande parte da Catalunha, mas perdeu a guerra e nunca se tornou rei. Seus herdeiros continuaram a causa tradicionalista, travaram mais duas guerras carlistas e estiveram ativos em meados do século XX, mas nunca obtiveram o trono.

O infante Carlos, era filho de Carlos IV e Maria Luísa de Parma e irmão de Fernando VII de Espanha. Nascido no Palácio Real de Aranjuez, foi obrigado, em consequência das Guerras Napoleônicas, a viver, com os seus irmãos, prisioneiro dos franceses entre 1808 e 1814 no Castelo de Valençay. Em 1814 regressou com o resto da família real para Madrid e jurou a Constituição Espanhola de 1812. Em setembro de 1816 casou com a sua sobrinha, a infanta Maria Francisca de Portugal, filha do rei D. João VI de Portugal e da rainha D. Carlota Joaquina da Espanha (sua irmã), da qual teve três filhos. Casou em segundas núpcias com a infanta Maria Teresa de Portugal, a Princesa da Beira, irmã da sua primeira esposa, não deixando descendência deste casamento. Carlos era um católico fervoroso. Acreditava na sucessão legítima, pelo que apesar de repetidamente incentivado pelos seus partidários a pegar em armas contra o seu irmão, sempre lhe foi fiel. Após a morte do irmão, embora nunca tenha verdadeiramente reinado, foi intitulado Carlos V pelos partidários do chamado ramo carlista, tendo mantido uma longa luta contra os apoiantes de sua sobrinha. Adoptou no final da sua vida, após renunciar a favor do filho, o título de Conde de Molina.


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