As Cataratas do Nilo, ou Quedas do rio Nilo,[1] são a denominação coletiva para a região fluvial de seis principais trechos rasos (ou corredeiras de águas brancas) do rio Nilo, entre Cartum e Assuão,[2][3] onde a superfície da água é quebrada por muitos pequenos pedregulhos e pedras que se projetam para fora do leito do rio, bem como muitas ilhotas rochosas.[4] Em alguns lugares, esses trechos são pontuados por águas bravas, enquanto em outros o fluxo de água é mais suave, mas ainda raso.[5]
Sua importância histórica e geopolítica está na formação de uma barreira natural à expansão egípcia, não só dificultando a navegação, mas também porque ao sul da primeira catarata as correntes eram mais fortes e os ventos menos favoráveis (o que dificultava o tráfego norte-sul).[6] Nisto, o Nilo foi classificado de acordo com as cataratas e estas eram frequentemente usadas pelos faraós como marcos para significar a expansão de seu império para o sul.[6] Assim, Tutemés I conquistou terras na Núbia até a quarta catarata.[6] Seu neto, Tutemés III, estendeu o poder egípcio além da quarta catarata.[6]
No entanto, as cataratas não são cachoeiras no sentido comum, sendo, na verdade, corredeiras e obstáculos que dificultam a navegação no rio.[5]