Central do Brasil | |
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Brasil[1] 1998 • cor • 113 min | |
Género | drama |
Direção | Walter Salles |
Produção | Arthur Cohn Martine de Clermont-Tonnerre |
Produção executiva | Elisa Tolomelli |
Roteiro | João Emanuel Carneiro Marcos Bernstein |
Elenco | Fernanda Montenegro Vinícius de Oliveira Marília Pêra Othon Bastos |
Música | Antonio Pinto Jaques Morelenbaum |
Diretor de fotografia | Walter Carvalho |
Direção de arte | Cássio Amarante Carla Caffé |
Figurino | Cristina Camargo |
Edição | Felipe Lacerda |
Companhia(s) produtora(s) | VideoFilmes |
Distribuição | BRA RioFilme BRA Europa Filmes (VHS e DVD) EUA Sony Pictures Classics |
Lançamento | |
Idioma | português |
Orçamento | US$ 2,2 milhões[4] |
Receita | US$ 22 462 500 |
Central do Brasil é um filme brasileiro de 1998 dirigido por Walter Salles, produzido pela VideoFilmes, escrito por João Emanuel Carneiro e Marcos Bernstein, e estrelado por Fernanda Montenegro e Vinícius de Oliveira. Ambientado no Brasil, o enredo gira em torno de Dora, uma professora aposentada que trabalha como escritora de cartas para pessoas analfabetas na Estação Central do Brasil, a qual ajuda Josué, um garoto cuja mãe morreu atropelada por um ônibus, a encontrar seu pai no Nordeste.
A concepção do filme surgiu no início de 1993, após Salles ter lido uma carta enviada a seu amigo Frans Krajcberg por uma, até então, presidiária. O momento de crise econômica pelo qual o Brasil estava passando também foi relevante para a inspiração do roteiro. O diretor tinha em mente trabalhar com alguns profissionais desconhecidos pelo público, de modo que fosse realizado um trabalho autêntico e simples, uma vez que eles não deixariam suas experiências de carreira refletirem na produção. O diretor de fotografia responsável foi Walter Carvalho. Para a música, Antonio Alves Pinto e Jaques Morelenbaum assinaram o contrato. As filmagens começaram em 1996 e tiveram locações no Rio de Janeiro e em alguns estados nordestinos.
O longa teve sua pré-estreia mundial em uma mostra regional de cinema na Suíça em 16 de janeiro de 1998, seguido de uma exibição no dia 19 do mesmo mês no Festival Sundance de Cinema, nos Estados Unidos. Seu lançamento no Brasil ocorreu no dia 3 de abril do mesmo ano. Central do Brasil recebeu "aclamação universal" por parte da crítica especializada, que elogiou a direção, o roteiro, as atuações e a trilha sonora, e entrou em diversas publicações dos Melhores do Ano. É considerado um clássico[5] e um dos filmes brasileiros mais importantes já feitos, uma vez que representou um grande marco no período de reflorescimento da produção cinematográfica brasileira, conhecido como "cinema da retomada", e restituiu confiança ao cinema nacional. A interpretação de Montenegro foi aclamada pelos críticos e imprensa nacionais e internacionais e rendeu-lhe uma indicação ao Oscar na categoria de Melhor Atriz — tornando-a a primeira latino-americana, a única brasileira e a única atriz já indicada ao prêmio por uma atuação em língua portuguesa — e uma indicação ao Globo de Ouro de Melhor Atriz em Filme Dramático. O filme recebeu diversos prêmios e indicações ao redor do mundo, dentre eles, uma outra nomeação ao Oscar, na categoria de Melhor Filme Estrangeiro, ao Independent Spirit Award e aos Prêmios César, e venceu o BAFTA, o Globo de Ouro, National Board of Review e o Prêmio Satellite — todos na mesma categoria. Em seu lançamento no Festival internacional de Cinema de Berlim, a produção conquistou o prestigiado prêmio Urso de Ouro de Melhor Filme e o Urso de Prata de Melhor Atriz. Em novembro de 2015, a obra entrou na lista dos 100 Melhores Filmes Brasileiros de Todos os Tempos, realizada pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema.
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