Cerco de Malta (Segunda Guerra Mundial)

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Cerco de Malta
Frente do Mediterrâneo, Segunda Guerra Mundial

Civis e militares recolhem os escombros de uma rua intensamente bombardeada em Valeta, Malta, 1 de maio de 1942
Data 11 de junho de 194020 de novembro de 1942[1]
(2 anos, 5 meses, 1 semana e 2 dias)
Local Malta
Desfecho Vitória decisiva dos Aliados
Beligerantes
Aliados:

 Reino Unido

Apoio naval:

Itália
 Alemanha
Comandantes
Reino Unido Andrew Cunningham
Reino Unido William Dobbie
Reino Unido Keith Park
Reino Unido Hugh Pughe Lloyd
Francesco Pricolo
Alemanha Nazista Hans Geisler
Alemanha Nazista Albert Kesselring
Alemanha Nazista Martin Harlinghausen
Forças
716 aviões de combate
+Frota de navios
~ 2 000 aviões
+Frota de navios
Baixas
69 aviões (no ar)
64 aviões (no chão)
1 couraçado
2 porta-aviões
4 cruzadores
19 contratorpedeiros
38 submarinos
2 301 militares mortos
30 000 prédios destruídos ou danificados
1 300 civis mortos
357 aeronaves alemãs
175 aeronaves italianas
72% dos navios de transporte da marinha italiana
23% da frota mercante do eixo
2 304 navios mercantes afundados
17 240 mortos no mar
~50 U-Boats perdidos
~16 submarinos italianos afundados

O Cerco de Malta foi uma campanha militar no Teatro Mediterrâneo da Segunda Guerra Mundial. De 1940 a 1942, a luta pelo controle do arquipélago estrategicamente importante de Malta, na época uma colônia britânica, provocou o embate das forças aéreas e navais da Itália Fascista e Alemanha Nazista contra a Força Aérea e a Marinha Real Britânica.

Em 10 de junho de 1940, o líder fascista italiano Benito Mussolini declarou guerra ao Reino Unido e à França. Durante a década de 1930, a Itália almejara a expansão de seu território no mar Mediterrâneo e norte de África, regiões dominadas pelos britânicos e franceses. Após a rendição da França em 25 de junho de 1940, Mussolini tentou tirar vantagem de um Reino Unido fortemente engajado na Batalha da Grã-Bretanha. Em setembro de 1940, os italianos atacaram o Egito, sendo rechaçados por uma implacável contra-ofensiva. Adolf Hitler foi então obrigado a socorrer seu aliado.[2]

Em fevereiro de 1941 o Afrika Korps, comandado pelo marechal de campo Erwin Rommel, foi enviado ao Norte da África para evitar uma derrota do Eixo. Malta tornou-se uma base estratégica e logisticamente vital, que poderia exercer uma influência definitiva no resultado da Campanha Norte-Africana. Partindo de Malta, forças aéreas e navais britânicas eram capazes de atacar navios de transporte de suprimentos e tropas do Eixo vindos da Europa. Rommel rapidamente reconheceu sua importância. Em maio de 1941, ele advertiu que "sem Malta, o Eixo acabará perdendo o controle do Norte da África".[1]

O Eixo decidiu forçar a submissão de Malta através de bombardeios e da fome, atacando seus portos, estradas, cidades e linhas marítimas de suprimentos. A Luftwaffe e a Regia Aeronautica realizaram um total de 3.000 bombardeios num período de dois anos na tentativa de destruir as defesas da RAF e os portos da ilha, tornando Malta uma das áreas mais bombardeadas da Segunda Guerra. O sucesso em minar a resistência da ilha tornaria possível um desembarque anfíbio (Operação Herkules) apoiado pelas forças paraquedistas do Fallschirmjäger. O ataque, no entanto, jamais foi realizado. No final, os comboios Aliados foram capazes de sustentar e reforçar Malta, enquanto a RAF defendia seu espaço aéreo às custas de imensas perdas vitais e materiais. Em novembro de 1942, o Eixo havia perdido a Segunda Batalha de El Alamein e os Aliados desembarcaram tropas nos territórios do Protetorado Francês em Marrocos e Argélia francesa, sob o domínio da França de Vichy, durante a Operação Tocha. O Eixo foi obrigado a desviar suas forças para a Batalha da Tunísia, e os ataques contra Malta foram drasticamente reduzidos. O cerco terminou efetivamente em novembro de 1942.[1]

Notas e referências

  1. a b c Taylor, A. J. P. (1974). Mayer, S. L. (ed.). A History Of World War Two. Londres: Octopus Books. ISBN 0-7064-0399-1.
  2. The Italian Navy and Fascist Expansionism, 1935-1940 - Mallett, Robert - Frank Cass (1998) - ISBN 0-7146-4432-3

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