Cleptomania é a incapacidade de resistir ao desejo de roubar itens, geralmente por outros motivos que não o uso pessoal ou ganho financeiro. Descrita pela primeira vez em 1816, a cleptomania é classificada na psiquiatria como um transtorno do controle de impulsos.[1] Algumas das principais características do transtorno sugerem que a cleptomania pode ser um transtorno do espectro obsessivo-compulsivo, mas também compartilha semelhanças com transtornos de dependência e de humor.[2][3]
O transtorno é frequentemente subdiagnosticado e está regularmente associado a outros transtornos psiquiátricos, principalmente ansiedade, transtornos alimentares, uso de álcool e substâncias. Pacientes com cleptomania são normalmente tratados com terapias em outras áreas devido às queixas comórbidas, em vez de problemas diretamente relacionados à cleptomania.[4]
Nos últimos cem anos, ocorreu uma mudança de intervenções psicoterapêuticas para intervenções psicofarmacológicas para a cleptomania. Tratamentos farmacológicos usando inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRSs), estabilizadores de humor, antagonistas de receptores opioides e outros antidepressivos, juntamente com terapia cognitivo-comportamental, produziram resultados positivos.[5] No entanto, também houve relatos de cleptomania induzida por inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRSs).[6]