Condado Portucalense



Condado Portucalense
Condado de Portucale

 

868 – 1143
Flag Brasão
Bandeira Brasão
Localização de Condado Portucalense
Localização de Condado Portucalense
Condado Portucalense em 1070
Continente Europa
Capital Portus Cale, depois Guimarães
Língua oficial Galego-português
Religião Católica
Governo Monarquia
Conde
 • 1096-1112 Henrique de Borgonha
História
 • 868 Fundação
 • 1143 Dissolução

O Condado Portucalense (868–1143) foi um condado que surge ao longo do processo de reconquista da península ibérica pelos cristãos e que é dissolvido com a assinatura do Tratado de Zamora.[1] Deste nome provém o atual Portugal, pois durante a Alta Idade Média a atual Região Norte portuguesa foi denominada como Condado Portucalense, para diferenciá-la do Reino da Galiza. Houve, no actual território de Portugal, ao longo do processo de reconquista, dois governos denominados de Condado Portucalense ou Condado de Portucale. Em documentos coevos, o território denominava-se Portugália,[2] sendo o condado fundado por Vímara Peres em 868, após a presúria de Portucale (o Porto). A partir de finais do século X e com Gonçalo Mendes, os condes portugueses passaram a usar o título de duques, o que poderia indicar maior importância e maior extensão territorial.

A província portugalense que correspondia sensivelmente ao Entre-Douro-e-Minho tinha inicialmente o Porto como capital,[2] mas dada a revelia e poder dos condes de Portugal, agora duques, que ingeriam na monarquia leonesa, um deles acabou por ser regente do reino entre 999 e 1008. O condado, embora gozando de autonomia significativa, era vassalo do reino de Leão.

O Condado Portucalense reemergiu, em 1096 pela mão de Henrique de Borgonha como oferta do rei Afonso VI de Leão pelo auxílio na Reconquista de terras aos mouros, a quem deveria prestar vassalagem, tendo também recebido a mão de sua filha, a infanta D. Teresa de Leão. A "Terra de Portugal" foi concedida como dote hereditário de D. Teresa. Este último condado era maior em extensão e abarcava também os territórios do antigo condado de Coimbra, suprimido em 1091, partes de Trás-os-Montes e ainda do sul da Galiza, a diocese de Tui. De notar que Condado é um termo genérico para designar o território português, já que os seus chefes eram alternativamente intitulados comite (conde), dux (duque), princeps (príncipe) e até regina (rainha).

  1. Barroca, Mário Jorge (Agosto 2017). «No tempo de D. Afonso Henriques» (PDF). Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. p. 237. Consultado em 11 de setembro de 2020 
  2. a b Ribeiro, Ângelo; Hermano, José (2004), História de Portugal I — A Formação do Território - O Condado de Portugal, ISBN 989-554-106-6, QuidNovi, p. 43 

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