Constantinopla Bizâncio, Miklagard/Miklagarth, Tsargrad, Basileuousa e Megalopolis Κωνσταντινούπολις or Κωνσταντινούπολη (grego) Constantinopolis (latim) | |
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Vista aérea de Constantinopla bizantina e do Propontis (Mar de Mármara). | |
Mapa da Constantinopla bizantina. Localização de Constantinopla no Império Bizantino em 1180. | |
Localização atual | |
Localização na Turquia. | |
Coordenadas | 41° 00′ 33″ N, 28° 58′ 33″ L |
País | Turquia |
Região | Trácia |
Dados históricos | |
Fundação | 11 de maio de 330 |
Império | Império Romano do Oriente (Império Bizantino) |
Constantinopla (em grego: Κωνσταντινούπολις; romaniz.: Konstantinoúpolis; lit. "cidade de Constantino", em latim: Constantinopolis, em turco otomano formal: قسطنطينيه , Kostantiniyye), atual Istambul, foi a capital do Império Romano (330–395), do Império Bizantino (ou Império Romano do Oriente) (395–1204 e 1261–1453), do Império Latino (1204–1261) e, após a tomada pelos turcos, do Império Otomano (1453–1922). Estrategicamente localizada entre o Corno de Ouro e o Mar de Mármara no ponto em que a Europa encontra a Ásia, a Constantinopla Bizantina havia sido a capital da Cristandade, sucessora das antigas Grécia e Roma. No decorrer da Idade Média, Constantinopla foi a maior e mais rica cidade da Europa.[1]
Desde meados do século V até o início do XIII, Constantinopla era a maior e mais rica cidade da Europa[2] e foi fundamental no avanço do cristianismo durante os tempos romanos e bizantinos como o lar do patriarca ecumênico de Constantinopla e como o Guardião das relíquias mais sagradas da cristandade, como a Coroa de Espinhos e a Verdadeira Cruz.
A cidade também era famosa por suas obras-primas arquitetônicas, como a catedral ortodoxa grega de Santa Sofia, que servia de sede do Patriarcado Ecumênico, o Palácio Imperial sagrado onde moravam os Imperadores, a Torre de Gálata, o Hipódromo, o Portão de Ouro das Muralhas de Constantinopla e os opulentos palácios aristocráticos que alinhavam-se entre avenidas. A Universidade de Constantinopla foi fundada no século V e continha inúmeros tesouros artísticos e literários antes de ser saqueada em 1204 e 1453, incluindo a sua vasta Biblioteca Imperial que continha os restos da Biblioteca de Alexandria e tinha mais de 100 mil volumes de textos da Antiguidade.[3]
Constantinopla era famosa por suas defesas maciças e complexas. O primeiro muro da cidade foi erguido por Constantino e cercava a cidade por todos os lados. Mais tarde, no século V, o prefeito pretoriano Antêmio, sob o imperador Teodósio II (r. 408–450), empreendeu a construção das muralhas teodosianas, que consistiam em uma parede dupla a cerca de 2 km ao oeste da primeira muralha e um fosso com estacas na frente.[4] Este formidável complexo de defesas foi um dos mais sofisticados da Antiguidade e a posição da cidade, construída intencionalmente em sete colinas, bem como na justaposição entre o Chifre de Ouro e o Mar de Mármara, a tornava uma fortaleza inexpugnável que protegia magníficos palácios, cúpulas e torres entre dois continentes (Europa e Ásia) e dois mares (o Mediterrâneo e o Mar Negro).