Copa do Mundo FIFA de 1970 | ||||
---|---|---|---|---|
Copa Mundial de Fútbol México 70' (em castelhano) México 1970 | ||||
Dados | ||||
Participantes | 16 | |||
Organização | FIFA | |||
Anfitrião | México | |||
Período | 31 de maio – 21 de junho | |||
Gol(o)s | 95 | |||
Partidas | 32 | |||
Média | 2,97 gol(o)s por partida | |||
Campeão | Brasil (3º título) | |||
Vice-campeão | Itália | |||
3.º colocado | Alemanha Ocidental | |||
4.º colocado | Uruguai | |||
Melhor marcador | Gerd Müller – 10 gols | |||
Melhor ataque (fase inicial) | Alemanha Ocidental – 10 gols | |||
Melhor defesa (fase inicial) | nenhum gol: | |||
Maior goleada (diferença) |
México 4–0 El Salvador Estádio Azteca, Cidade do México 7 de junho, Grupo 1 | |||
Público | 1 603 975 | |||
Média | 50 124,2 pessoas por partida | |||
Premiações | ||||
Melhor jogador (FIFA)
|
Pelé | |||
Melhor jogador jovem | Teofilo Cubillas | |||
Fair play | Peru | |||
|
A Copa do Mundo de 1970 foi a 9ª edição da Copa do Mundo FIFA, que ocorreu de 31 de maio até 21 de junho. A competição, conquistada pelo Brasil, foi sediada no México, tendo partidas realizadas nas cidades de Guadalajara, León, Cidade do México, Puebla e Toluca. Dezesseis seleções nacionais foram qualificadas para participar desta edição do campeonato, sendo nove delas europeias (União Soviética, Bélgica, Itália, Suécia, Inglaterra, Romênia, Tchecoslováquia, Alemanha Ocidental e Bulgária), cinco americanas (México, El Salvador, Uruguai, Brasil e Peru), uma asiática (Israel) e uma africana (Marrocos).[1]
As seleções de El Salvador, Israel, e Marrocos faziam sua primeira participação na competição. A edição teve uma grande goleada: México 4-0 El Salvador. A Copa contou com grandes jogadores, como Lev Yashin, do União Soviética. Sepp Maier, Gerd Müller, Uwe Seeler, Karl-Heinz Schnellinger, Franz Beckenbauer e Wolfgang Overath, da Alemanha Ocidental. Dino Zoff, Giacinto Facchetti, Roberto Rosato, Sandro Mazzola, Luigi Riva, Gianni Rivera e Roberto Boninsegna, da Itália. Gordon Banks, Bobby Moore, Geoff Hurst, Martin Peters e Bobby Charlton, da Inglaterra. Teofilo Cubillas, do Peru. Mazurkiewicz e Pedro Rocha, do Uruguai. Pelé, Jairzinho, Tostão, Rivellino, Gérson, Clodoaldo, Piazza e Carlos Alberto Torres, do Brasil.
Esta Copa ficou marcada por vários lances geniais de Pelé que não terminaram em gol, como uma cabeçada defendida pelo goleiro inglês Gordon Banks e que ficou conhecida como a Defesa do Século[2], o chute de antes do meio-de-campo contra o goleiro Viktor da Tchecoslováquia que ficou conhecido como "O Gol que o Pelé não Fez", além de um Drible de corpo contra o goleiro uruguaio Mazurkiewicz.[3]
Numa das semifinais desta Copa, ocorreu o chamado jogo do século, disputado entre as equipes da Alemanha Ocidental e da Itália. A partida permanecia 1–0 para a Itália até os 90 minutos, quando Karl-Heinz Schnellinger empatou a partida e levou a decisão para a prorrogação. Nessa prorrogação, ambas as seleções protagonizaram uma sucessão de viradas de placar até que a Itália firmou a vitória em 4–3. Esta partida é tida como a primeira e única em todas as Copas a ter cinco gols feitos na prorrogação.[4]
Além destas equipes, uma das seleções favoritas era o Brasil que, embora tenha tido um retrospecto ruim em 1966, montou uma equipe repleta de estrelas, como Pelé, Jairzinho, Tostão, Rivellino, Gérson, Clodoaldo, Piazza e Carlos Alberto Torres. Nesta edição, o Brasil venceu todos os jogos das eliminatórias e da Copa. Esta equipe mostrou ser uma das mais eficientes de todos os tempos e foi considerada a melhor de todos os tempos.[5]
A final desta edição foi disputada pelo Brasil, que havia eliminado o Uruguai e o Peru; e a Itália, que eliminara a Alemanha Ocidental e o México. A partida foi realizada em 21 de junho no Estádio Azteca na Cidade do México, com um público estimado em 108 000 pessoas.[6] Sob o apito do árbitro alemão Rudolf Gloeckner, o primeiro tempo terminou empatado em 1–1. Ao final dos 90 minutos, o placar era de 4–1 para a equipe brasileira. O título serviu de propaganda política, quando o país estava no auge da ditadura militar brasileira. Este título também pôs o Brasil como a primeira seleção a ser tricampeã, confirmando a superioridade brasileira em relação ao futebol mundial. O capitão Carlos Alberto Torres levantou a Taça Jules Rimet entregue pela última vez em Copas, agora em caráter definitivo.