Cor da pele humana

Família de coloureds na Cidade do Cabo, África do Sul.
Distribuição da cor da pele de grupos étnicos indígenos, antes das colonizações, no mundo, baseado na escala cromática de Von Luschan (dados de R. Biasutti, 1940; disputados).

Cor da pele humana se refere à variedade de tons de pele desde a marrom mais escuro até a pele clara. A pigmentação da pele de um indivíduo é o resultado da genética, sendo o produto da composição genética de ambos os pais biológicos do indivíduo e da exposição ao sol. Na evolução, a pigmentação da pele em seres humanos evoluiu por um processo de seleção natural principalmente para regular a quantidade de radiação ultravioleta que penetra na pele, controlando seus efeitos bioquímicos.[1]

A cor real da pele de diferentes seres humanos é afetada por muitas substâncias, embora a substância mais importante seja o pigmento melanina. A melanina é produzida dentro da pele em células chamadas melanócitos e é o principal determinante da cor da pele de humanos de pele escura. A cor da pele das pessoas com pele clara é determinada principalmente pelo tecido conjuntivo branco-azulado sob a derme e pela hemoglobina que circula nas veias da derme. A cor vermelha subjacente à pele se torna mais visível, principalmente no rosto, quando, como consequência do exercício físico ou da estimulação do sistema nervoso (raiva, medo).[2] A cor não é totalmente uniforme na pele de um indivíduo; por exemplo, a pele na sola do pé e na palma da mão é mais clara que a maioria das outras partes da pele, e isso é especialmente visível em pessoas de pele mais escura.[3]

Existe uma correlação direta entre a distribuição geográfica da radiação ultravioleta (UV) e a distribuição da pigmentação da pele indígena em todo o mundo. Áreas que recebem maiores quantidades de UV, geralmente localizadas mais próximas ao equador, tendem a ter populações de pele mais escura. Áreas que estão distantes dos trópicos e mais próximas aos polos têm menor intensidade de UV, o que se reflete em populações de pele mais clara.[4] Os pesquisadores sugerem que as populações humanas nos últimos 50.000 anos mudaram de pele escura para pele clara e vice-versa à medida que migraram para diferentes zonas UV,[5] e que tais mudanças importantes na pigmentação podem ter acontecido em menos de 100 gerações (± 2.500 anos) através de varredura seletiva.[5][6][7] A cor natural da pele também pode escurecer como resultado do bronzeamento devido à exposição à luz solar. A teoria principal é que a cor da pele se adapta à intensa irradiação solar para fornecer proteção parcial contra a fração ultravioleta que produz danos e, portanto, mutações no DNA das células da pele.[8] Além disso, observou-se que as mulheres, em média, são significativamente mais claras do que homens. As mulheres precisam de mais cálcio durante a gravidez e lactação. O corpo sintetiza a vitamina D da luz solar, o que ajuda a absorver cálcio, assim as mulheres evoluíram para ter uma pele mais clara, de modo que seus corpos absorvem mais cálcio.[9]

  1. Muehlenbein, Michael (2010). Human Evolutionary Biology. [S.l.]: Cambridge University Press. pp. 192–213 
  2. Jablonski, N.G. (2006). Skin: A Natural History. Berkeley: University of California Press 
  3. Milburn, Peter B.; Sian, Corazon S.; Silvers, David N. (1982). «The color of the skin of the palms and soles as a possible clue to the pathogenesis of acral-lentiginous melanoma». American Journal of Dermatopathology. 4 (5). Consultado em 30 de abril de 2016. Cópia arquivada em 10 de junho de 2016 
  4. Webb, A.R. (2006). «Who, what, where, and when: influences on cutaneous vitamin D synthesis». Progress in Biophysics and Molecular Biology. 92 (1): 17–25. PMID 16766240. doi:10.1016/j.pbiomolbio.2006.02.004 
  5. a b Jablonski, Nina G. (primavera de 2011). «Why Human Skin Comes in Colors» (PDF). AnthroNotes. 32 (1). Consultado em 20 de julho de 2013. Cópia arquivada (PDF) em 25 de fevereiro de 2014 
  6. «The Human Family Tree Facts». National Geographic. Consultado em 20 de julho de 2013. Cópia arquivada em 5 de agosto de 2013 
  7. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome LivCol
  8. Jablonski, N. G.; Chaplin, G. (2010). «Colloquium Paper: Human skin pigmentation as an adaptation to UV radiation». Proceedings of the National Academy of Sciences. 107: 8962–8. Bibcode:2010PNAS..107.8962J. PMC 3024016Acessível livremente. PMID 20445093. doi:10.1073/pnas.0914628107 
  9. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome jablonski2000

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