Coreia 조선 / 朝鮮 / [Chosŏn] 한국 / 韓國 / [Hanguk] | |
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Bandeira | Brasão |
Capital | Seul Pyongyang |
Área | |
• Total | 219 155 km² |
População | |
• Estimativa para 2015 | 76 497 881 hab. (.º) |
Coreia (FO 1943: Coréia), também chamada Choson (em coreano: 조선; hanja: 朝鮮) no Norte e Hanguk (em coreano: 한국; hanja: 韓國) no Sul, é um território localizado na península homônima do Nordeste Asiático que é dividido entre dois Estados soberanos distintos: a Coreia do Norte, oficialmente República Popular Democrática da Coreia (RPDC), e Coreia do Sul, oficialmente República da Coreia (ROK). Ambos sempre reivindicaram a soberania sobre a toda a região através das suas constituições. Localizada na Península da Coreia, a Coreia tem fronteiras com a China a noroeste e a Rússia a nordeste e é separada do Japão a leste pelo Estreito da Coreia e pelo Mar da China Oriental.
A Coreia emergiu como uma entidade política singular depois de séculos de conflito entre os Três Reinos da Coreia,[1] que foram unificadas como Silla (57 a.C.-935 d.C.) e Balhae (698-926). O reino Silla acabou sendo sucedido por Goryeo em 935, no final do período dos Três Reinos. Goryeo, que deu nome a "Coreia" atual, era um Estado altamente culto e criou o Jikji no século XIV. As invasões do Império Mongol no século XIII, no entanto, enfraqueceram bastante a nação, o que obrigou-a à vassalagem. Após o colapso da dinastia Yuan, graves conflitos políticos se seguiram. O reino Goryeo caiu depois de um levante liderado pelo general Yi Seong-gye, que estabeleceu Joseon em 1388.[2]
Os primeiros 200 anos de Joseon foram marcados por relativa paz, pela criação do alfabeto coreano pelo rei Sejong, no século XIV e pela crescente influência do confucionismo. Durante a última parte da dinastia, no entanto, a política isolacionista da Coreia ganhou o apelido no mundo ocidental de "reino eremita". No final do século XIX, o país tornou-se objeto do projeto de dominação do Império do Japão. A Coreia foi anexada como colônia pelo Japão e permaneceu uma parte do Império Japonês até o final da Segunda Guerra Mundial, em agosto de 1945. Até hoje o governo japonês se recusa a admitir a colonização de fato.
Em 1945, a União Soviética e os Estados Unidos concordaram com a rendição das forças japonesas na Coreia, no rescaldo da Segunda Guerra Mundial, deixando a Coreia dividida ao longo do paralelo 38, com o Norte sob ocupação soviética e o sul sob ocupação estadunidense. Estas circunstâncias logo se tornaram a base para a divisão da Coreia pelas duas superpotências, que foi agravada pela incapacidade de chegar a um acordo sobre os termos de independência do país. O governo de inspiração comunista no Norte recebeu o apoio da União Soviética, em oposição ao governo pró-ocidental no Sul, o que levou a divisão da Coreia em duas entidades políticas. Isto eventualmente levou à guerra em 1950, que se tornou conhecida a Guerra da Coreia. A guerra não acabou com um tratado de paz formal, mas apenas com um armistício, fator que contribui para as altas tensões que continuam a dividir a península.[3]