Dalida

Dalida
ONLH OAL • OC CC • ON OMRI
داليدا
Dalida
Dalida em janeiro de 1967.
Nome completo Iolanda Cristina Gigliotti[1]
Outros nomes Yolanda Gigliotti, Yolanda, Yola, Dalila, Dali, Mademoiselle Bambino, Mademoiselle Succès, Mademoiselle Jukebox, La Vedette, Reine du Disco
Conhecido(a) por Miss Egito 1954
Ícone cultural da França
Nascimento 17 de janeiro de 1933
Cairo, Reino do Egito
Morte 3 de maio de 1987 (54 anos)
Paris, França
Causa da morte Suicídio por overdose de barbitúricos
Residência Cairo, Egito (1933-1954)
Paris, França (1954-1987)
Nacionalidade egípcia (por nascimento)
italiana (por ascendência materna e paterna)
Cidadania francesa (a partir de 1961, por matrimônio)
Etnia italianos
Progenitores Mãe: Filomena Giuseppina d'Alba (n. 1906 – m. 1971)
Pai: Pietro Gigliotti (n. 1904 – m. 1945)
Parentesco Orlando (irmão)
Cônjuge Lucien Morisse (c. 1961; div. 1962)
Parceiros:
Luigi Tenco (n. 1966–67)
Richard Chanfray (c. 1972–81)
Ocupação
  • Cantora
  • atriz
  • modelo
  • dançarina
  • empresária
  • comediante
  • produtora musical
  • apresentadora de televisão
  • compositora
Período de atividade 1954 — 1987
Carreira musical
Período musical 1956 — 1987
Gênero(s) Chanson française, música clássica, música disco, euro-disco, easy listening, folk, rock, europop, música pop francesa, música pop árabe, música do mundo, twist, yé-yé
Extensão vocal Mezzo-soprano, depois contralto
Instrumento(s) Voz, tamborim, piano
Gravadora(s) Barclay (1956 – 1977)
Carrère (1977 – 1987)
Religião catolicismo
Assinatura
Página oficial
www.dalida.com

Iolanda Cristina Gigliotti[1] ONLH OAL • OC CC • ON OMRI (Cairo, então Reino do Egito, 17 de janeiro de 1933Paris, França, 3 de maio de 1987), mais conhecida como Dalida (em árabe: داليدا), foi uma famosa cantora e atriz egípcio-francesa, descendente de italianos. Dalida também destacou-se como rainha da beleza, sendo eleita Miss Egito em 1954, ainda como "Yolanda Gigliotti", consagrando-se logo em seguida como uma das mais notáveis artistas poliglotas a gravar no século XX.

Nascida em uma família de imigrantes italianos instalada no Egito, em sua juventude Dalida cultivara o sonho de tornar-se uma estrela do cinema. Coroada Miss Egito aos 21 anos, ela começou a aparecer em alguns filmes em seu país natal - creditada inicialmente apenas como Yolanda (em árabe: يولاندا) e depois como Dalila (دليله); logo em seguida, transferiu-se para a França e deu início a sua respeitável carreira musical, fazendo sucesso em toda a Europa e Oriente.

Aclamada por sua capacidade de reinventar sua imagem através das décadas, Dalida atravessou diversos estilos durante os anos 1950 até a década de 1980 sem nunca perder sua autoridade de ícone dentro da música francesa. Ela foi responsável por modernizar o cenário musical da França com suas performances coloridas e inovadoras, tornando-se uma referência de estilo para muitos iniciantes. Dalida também tornou-se influente na moda, desde a época em que ostentava a imagem da morena vamp, nos anos 50, até a fase da loira estonteante, nos anos 70, tendo seu estilo copiado pelas mulheres. Sua maquiagem bem marcada nos olhos e sua cabeleira loira passaram a ser sua marca.

Dalida tornou-se a primeira cantora a receber discos de ouro e de platina, além de ter sido a primeira intérprete — entre homens e mulheres — a receber um disco de diamante,[2][3] em 1981. Estima-se que até os dias de hoje ela tenha vendido 140 milhões de discos. Conhecedora de várias línguas, cantava em mais de 10 idiomas, tendo gravado canções em francês, italiano, alemão, espanhol, inglês, árabe (egípcio e libanês), japonês, holandês, hebraico e grego.[4][5][6] Seu idioma materno era o italiano, apesar de ter aprendido o árabe egípcio e também o francês enquanto crescia no Cairo. Ela aprimoraria o seu francês na fase adulta, após estabelecer-se em Paris em 1954, tornando-se em seguida fluente em inglês e aprendendo também conversações básicas em alemão e espanhol, além de possuir certa facilidade em cumprimentar seus fãs do Japão utilizando japonês básico.

Quatro das gravações de Dalida em inglês ("Alabama Song", "Money Money", "Let Me Dance Tonight" – versão da original "Monday Tuesday... Laissez moi danser" – e "Kalimba de Luna") obtiveram bom sucesso principalmente na França e Alemanha sem mesmo terem sido lançadas nos mercados dos Estados Unidos e Reino Unido. Ela juntou ao longo de sua carreira inúmeras canções de sucesso atribuídas a seu nome, possuindo uma longa lista de sucessos nas dez e vinte primeiras colocações das tabelas musicais de todo o mundo cantando em francês, italiano, alemão, espanhol e árabe. Seu sucesso de vendagens de compactos e discos foi algo que perdurou por mais de 30 anos sobretudo em países como França, Itália, Alemanha, Bélgica, Espanha, Holanda, Luxemburgo, Suíça, Áustria, Egito, Jordânia, Líbano, Grécia, Canadá, Rússia, Japão e Israel.

Apesar do sucesso de sua carreira, Dalida enfrentou vários dramas pessoais, e, sentindo-se solitária, caiu numa profunda depressão que culminou em seu suicídio em 1987, aos 54 anos. Sua imagem de glamour, sofisticação e sua fatídica morte a proporcionaram a admiração de muitos fãs fiéis, que cultuam sua imagem de diva trágica até os dias de hoje.[7][8]

  1. a b trocou o nome de Iolanda para Yolande, na França
  2. «Prêmios e Realizações». Site Oficial de Dalida. Consultado em 5 de maio de 2012. Arquivado do original em 17 de março de 2004 
  3. Isaline (2002). Dalida: Entre violon et amour (em francês). Paris: Éditions Publibook. ISBN 2-7483-2629-6. Consultado em 9 de maio de 2012 
  4. «Vingt ans après, Dalida reste une légende» (em francês). Nouvel Observateur. 2 de maio de 2005. Consultado em 10 de fevereiro de 2010 [ligação inativa] [ligação inativa]
  5. «Une nouvelle compilation des grands succès de Dalida» (em francês). Cyberpresse. 10 de junho de 2009. Consultado em 11 de maio de 2012 
  6. «Dalida, à la vie, à la mort» (em francês). L'Express. 14 de dezembro de 1995. Consultado em 11 de maio de 2012 
  7. «A mulher que chamava a tragédia». www.dn.pt. Consultado em 4 de maio de 2021 
  8. Nassif, Luis (8 de julho de 2006). «Dalida, uma vida trágica». GGN. Consultado em 4 de maio de 2021 

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