Darma

A roda do darma é um dos símbolos do budismo.

Darma (em sânscrito: धर्म, transl. dharma; em páli: धम्म, transl. dhamma; em tâmil: தருமம், taruman; ou அறம், aṟam) é um conceito-chave com múltiplos significados nas religiões indianas - hinduísmo, budismo, siquismo e jainismo.[1] Não há tradução de uma única palavra para "darma" nas línguas ocidentais.[2][3]

O significado da palavra "darma" depende do contexto, e seu significado evoluiu à medida que as ideias do hinduísmo se desenvolveram ao longo de sua longa história. Nos textos mais antigos, o darma significava a lei cósmica. Em Vedas posteriores, o significado tornou-se refinado, mais rico, complexo, e a palavra "darma" foi aplicada em contextos diversos.[4] Em certos contextos, o darma designa comportamentos humanos considerados necessários no universo, princípios que impedem o caos, os comportamentos e as ações necessárias a toda a vida na natureza, na sociedade, na família e no nível individual. Com respeito ao seu significado espiritual, pode ser considerado como o "Caminho para a Verdade Superior". O darma é a base das filosofias, crenças e práticas que se originaram na Índia.

A mais antiga dessas, conhecida como hinduísmo, é o Sanatana Dharma (ou "Darma Eterno"). No budismo, no jainismo e no siquismo, o darma também tem um papel axial. Nessas tradições, seres que vivem em harmonia com o darma alcançam mais rapidamente o mocsa, o Dharma Yukam, o nirvana ou libertação da roda das samsaras, ou ciclo de reencarnações. O darma também se refere aos ensinamentos e doutrinas de diversos fundadores de tradições, como Siddhartha Gautama no budismo, e Mahavira no jainismo. Como doutrina moral sobre os direitos e deveres de cada um, o Dharma se refere geralmente ao exercício de uma tarefa espiritual, mas também significa ordem social, conduta reta ou, simplesmente, virtude.

  1. «Dharma». Encyclopædia Britannica. Encyclopædia Britannica. Consultado em 5 de dezembro de 2017 
  2. Rocher, Ludo (2003). The Dharmasastra. [S.l.]: Gavin Flood. ISBN 978-0631215356 
  3. Widgery, Alban (1930). «The Principles of Hindu Ethics». International Journal of Ethics. 40 (2): 232-245 
  4. Hacker, Paul (2006). «Dharma in Hinduism». Journal of Indian Philosophy. 34 (5): 479-496 

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