Degelo cubano | |
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Raúl Castro e Barack Obama em reunião no Panamá, 2015. | |
Participantes | Canadá Cuba Estados Unidos Vaticano |
Data | 20 de julho de 2015 |
Resultado | Restauração das relações diplomáticas entre Cuba e os Estados Unidos |
O Degelo cubano[1] (em espanhol: deshielo cubano)[2][3] é o nome informalmente atribuído à normalização das relações diplomáticas entre Cuba e os Estados Unidos da América a partir de dezembro de 2014, pondo término a um período de mais de cinquenta anos de hostilidades diplomáticas entre as duas nações.
Em 17 de dezembro de 2014, o Presidente estadunidense Barack Obama e o Presidente cubano Raúl Castro anunciaram o início de um processo de normalização das relações diplomáticas entre Cuba e os Estados Unidos. O acordo de normalização foi negociado em sigilo durante os meses precedentes, com intermediação de Papa Francisco e amplo apoio do Governo do Canadá. Algumas reuniões ocorreram tanto no Canadá como na Cidade do Vaticano.[4] O acordo contempla a suspensão de algumas restrições de locomoção por parte dos Estados Unidos, menores restrições à remessas, acesso de bancos estadunidenses ao sistema financeiro cubano,[5] e a reabertura da embaixada estadunidense em Havana e da embaixada cubana em Washington, D.C. (que haviam sido fechadas em 1961 após o estabelecimento da aliança cubano-soviética).[6][7]
Em 14 de abril de 2015, a administração Obama anunciou que a República de Cuba seria removida da relação de países patrocinadores do terrorismo internacional. A Câmara dos Representantes e o Senado tiveram 45 dias para revisar e eventualmente suspender o projeto,[8] sendo que em 29 de maio de 2015, este foi sancionado.[9] O ato marcou um distanciamento maior dos Estados Unidos de sua antiga política adotada durante a Guerra Fria e o estreitamento de suas relações com o país caribenho. Em 20 de julho de 2015, as "seções de interesses" de ambos os países em Washington e Havana foram elevadas à condição de embaixadas.[10]