Diocleciano | |
---|---|
Imperador Romano | |
Reinado | 20 de novembro de 284 a 1 de maio de 305 |
Predecessores | Carino e Numeriano |
Sucessores | Galério e Constâncio Cloro |
Coimperador | Maximiano (286–305) |
Rival | Carino (284–285) |
Nascimento | 22 de dezembro de 243/245 Salona, Dalmácia, Império Romano |
Morte | 3 de dezembro de 311/312 (c. 65–68 anos) Espalato, Dalmácia, Império Romano |
Nome completo | |
Caio Aurélio Valério Diocleciano | |
Nome de nascimento | Diócles |
Esposa | 1ª Alexandra 2ª Prisca |
Descendência | Galéria Valéria |
Religião | Politeísmo romano |
Diocleciano (nascido Diocles; Salona, 22 de dezembro de 243/245 – Espalato, 3 de dezembro de 311/312) foi o imperador romano de 284 até sua abdicação em 305. Ele nasceu em uma família de baixa posição social, porém conseguiu ascender pelas patentes do exército romano até se tornar um comandante de cavalaria do exército do imperador Caro. Diocleciano foi aclamado imperador pelas tropas da Nicomédia depois das mortes de Caro e seu filho Numeriano durante campanhas contra a Pérsia. O título também foi reivindicado por Carino, o filho sobrevivente de Caro, porém Diocleciano o derrotou em julho de 285 na Batalha do Margo.
O reinado de Diocleciano estabilizou o Império Romano e encerrou a Crise do Terceiro Século. Ele nomeou o colega oficial militar Maximiano como seu coimperador em 286 e dividiu o império em dois, governando por si mesmo o Império do Oriente enquanto Maximiano governava o Império do Ocidente. Diocleciano delegou mais funções em 293 ao nomear Galério e Constâncio Cloro como coimperadores júniores, ficando abaixo de si e Maximiano, respectivamente. Isto estabeleceu a Tetrarquia, em que cada monarca governaria um quarto do império. Ele garantiu as fronteiras e expurgou quaisquer ameaças a seu poder. Conseguiu derrotar os sármatas e os carpos no decorrer de várias campanhas entre 285 e 299, os alamanos em 288 e usurpadores no Egito de 297 a 298. Galério, com o apoio de Diocleciano, foi bem-sucedido em uma campanha contra a Pérsia, conseguindo saquear sua capital Ctesifonte em 299. Diocleciano liderou negociações posteriores e conseguiu alcançar uma paz favorável e duradoura.
Diocleciano separou e ampliou os serviços civis e militares do império e reorganizou suas divisões provinciais, estabelecendo assim o maior e mais burocrático governo na história romana. Estabeleceu novos centros administrativos em cidades como Nicomédia, Mediolano, Sirmio e Augusta dos Tréveros, localizadas mais próximo das fronteiras externas do que a capital Roma. Ele se intitulou autocrata e se elevou acima das massas romanas ao impor cerimônias e arquiteturas de corte. O crescimento burocrático e militar, campanhas constantes e projetos de construção aumentaram os gastos governamentais e necessitaram de uma ampla reforma nos impostos. Os impostos foram padronizados depois de 297 e deixados mais equitativos, sendo cobrados em taxas mais altas.
Nem todos os seus planos tiveram sucesso, como o Édito Máximo de 301, que tentou controlar a inflação por meio de congelamento de preços, que foi contraprodutivo e rapidamente ignorado. O sistema da Tetrarquia funcionou enquanto governava, porém ruiu depois de ele deixar o poder devido a reivindicações dinásticas de Magêncio e Constantino, filhos de Maximiano e Constâncio. A Perseguição de Diocleciano, a última perseguição oficial contra o cristianismo, falhou em eliminar a religião do império. Apesar destes fracassos, as reformas de Diocleciano mudaram fundamentalmente as estruturas do governo imperial romano e ajudaram a estabilizar o império militar e economicamente, permitindo que permanecesse intacto por mais 150 anos. Diocleciano abdicou em 305 por motivos de saúde e viveu sua aposentadoria em um enorme palácio no litoral da Dalmácia, onde morreu no final de 311 ou 312.