Egito

República Árabe do Egito
جمهورية مصر العربية
Jumhūriyyat Miṣr al-ʿArabiyyah (árabe)
Gomhoreyyet Maṣr el-ʿArabeyya (árabe egípcio)
Hino: Bilady, Bilady, Bilady
Localização do República Árabe do Egito
Localização do República Árabe do Egito

Localização do Egito (em verde)
Triângulo de Hala'ib
Capital
e maior cidade
Cairo
26°2'N 29°13°E
Língua oficial Árabe
Religião oficial Islamismo
Gentílico egípcio (a), egipciano (a) e egipcíaco (a)[1]
Governo República semipresidencialista[2]
 • Presidente Abdul Fatah Khalil Al-Sisi
 • Primeiro-ministro Moustafa Madbouly[3]
Formação
 • I dinastia ca. 3 100 a.C.
 • Independência do Reino Unido 28 de fevereiro de 1922
 • Declaração da República 18 de junho de 1953
Área
 • Total 1 001 450 km² (31.º)
 Fronteira Líbia, Sudão, Israel e Palestina (Faixa de Gaza)
População
 • Estimativa para 2023 110 000 000[4] hab. (15.º)
PIB (base PPC) Estimativa de 2023
 • Total US$ 1,809 trilhão *[5]
 • Per capita US$ 17 123[5]
PIB (nominal) Estimativa de 2023
 • Total US$ 398,397 bilhões *[5]
 • Per capita US$ 3 336[5]
IDH (2021) 0,731 (97.º) – alto[6]
Gini (2015) 31,8
Moeda libra egípcia (EGP)
Fuso horário EGY (UTC+2)
 • Verão (DST) (UTC+3)
Cód. ISO EGY
Cód. Internet .eg
Cód. telef. +20

O Egito (AO 1945: Egipto)[1][7][8] (em egípcio: Kṃt; em copta: Ⲭⲏⲙⲓ; romaniz.: Kīmi; em árabe: مصر, pronunciado: [mi̠sˤr], pronunciado em árabe egípcio[mesˤɾ]; em árabe egípcio: مَصر; romaniz.: Maṣr, pronunciado: [mɑsˤɾ]), oficialmente República Árabe do Egito (em árabe: جمهورية مصر العربية; em árabe egípcio: Gomhoreyyet Maṣr el-ʿArabeyya), é um país localizado entre o nordeste da África e o sudoeste da Ásia, através da Península do Sinai. É um país mediterrâneo limitado pela Faixa de Gaza e Israel a nordeste, o Golfo de Ácaba e o Mar Vermelho a leste, o Sudão ao sul e a Líbia a oeste. Do outro lado do Golfo de Ácaba fica a Jordânia, do outro lado do Mar Vermelho, a Arábia Saudita e, do outro lado do Mediterrâneo, a Grécia, a Turquia e o Chipre, embora nenhum deles tenha uma fronteira terrestre com o Egito.

O país tem uma das mais longas histórias entre qualquer outra nação, traçando sua herança até o VI ou IV milênio a.C. Considerado um berço da civilização, o Egito Antigo viu alguns dos primeiros desenvolvimentos da escrita, agricultura, urbanização, religião organizada e governo central.[9] Monumentos icônicos como a Necrópole de Gizé e sua Grande Esfinge, bem como as ruínas de Mênfis, Tebas, Carnaque e do Vale dos Reis, refletem este legado e continuam a ser um foco significativo de interesse científico, histórico e turístico. A longa e rica herança cultural do Egito é parte integrante de sua identidade nacional, que muitas vezes assimilou várias influências estrangeiras, como gregos, persas, romano, árabes, otomanos e núbios. O Egito foi um dos primeiros e importantes centros do cristianismo, mas foi amplamente islamizado no século VII e continua sendo um país predominantemente muçulmano, embora com uma significativa minoria cristã.

Do século XVI ao início do século XX, o Egito era governado por potências imperiais estrangeiras: o Império Otomano e o Império Britânico. O Egito moderno remonta a 1922, quando conquistou a independência nominal do domínio britânico através de uma monarquia. No entanto, a ocupação militar britânica do Egito continuou e muitos egípcios acreditavam que a monarquia era um instrumento do colonialismo britânico. Após a revolução de 1952, o Egito expulsou soldados e burocratas britânicos e acabou com a ocupação, nacionalizou o Canal de Suez, de propriedade britânica, exilou o rei Faruque e sua família e declarou-se uma república. Em 1958, fundiu-se com a Síria para formar a República Árabe Unida, que se dissolveu em 1961. Ao longo da segunda metade do século XX, o Egito suportou conflitos sociais e religiosos, além de instabilidade política, combatendo vários conflitos armados com Israel em 1948, 1956, 1967 e 1973, e ocupou a Faixa de Gaza intermitentemente até 1967. Em 1978, o Egito assinou os Acordos de Camp David, oficialmente se retirando da Faixa de Gaza e reconhecendo a existência de Israel. O país continua a enfrentar desafios, desde agitação política, incluindo a recente revolução de 2011 e suas consequências, até o terrorismo e o subdesenvolvimento econômico. O atual governo do Egito é uma república presidencial liderada pelo presidente Abdel Fattah el-Sisi, que tem sido descrito como autoritário.

O islão é a religião oficial do Egito e o árabe é sua língua oficial.[10] Com mais de 95 milhões de habitantes, o Egito é o país mais populoso do Norte da África, do Oriente Médio e do mundo árabe, o terceiro mais populoso da África (depois da Nigéria e da Etiópia) e o 14.º mais populoso do mundo.[11] A grande maioria do seu povo vive perto das margens do rio Nilo, uma área de cerca de 40 000 km2, onde a única terra arável disponível é encontrada. As grandes regiões do deserto do Saara, que constituem a maior parte do território do Egito, são escassamente habitadas. Cerca de metade dos habitantes vive em áreas urbanas, com a maioria espalhada pelos centros densamente povoados do Cairo, Alexandria e outras grandes cidades no delta do Nilo. O Estado soberano do Egito é um país transcontinental considerado uma potência regional no Norte da África, no Oriente Médio e no mundo muçulmano, e uma potência média em todo o mundo.[12] A economia do Egito é uma das maiores e mais diversificadas do Oriente Médio e deve se tornar uma das maiores do mundo ao longo do século XXI. Em 2016, o Egito ultrapassou a África do Sul e se tornou a segunda maior economia da África (depois da Nigéria).[13] O país é um dos membros fundadores das Nações Unidas, do Movimento Não Alinhado, da Liga Árabe, da União Africana e da Organização para a Cooperação Islâmica.

  1. a b ILTEC 2019.
  2. Ferreira 2012.
  3. Egypt Today 2018.
  4. The World Factbook (22 de junho de 2023). «Egypt» (em inglês). Central Intelligence Agency. Consultado em 14 de fevereiro de 2024 
  5. a b c d «World Economic Outlook Database, October 2023 Edition. (Egypt)». IMF.org. International Monetary Fund. 10 de outubro de 2023. Consultado em 11 de outubro de 2023 
  6. «Relatório de Desenvolvimento Humano 2021/2022» 🔗 (PDF). Programa de Desenvolvimento das Nações Unida. Consultado em 8 de setembro de 2022. Arquivado do original (PDF) em 8 de setembro de 2022 
  7. Mendes 2011.
  8. Rocha 2012.
  9. Bowman et al.
  10. Constituição 2014, p. 6.
  11. CIA 2017.
  12. Cooper 2007, p. 675.
  13. Shapshak 2016.

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