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As empresas sociais são organizações que pertencem ao segundo setor industrial, mas nas quais, o objetivo principal de suas atividades é propiciar benefício social. Foram conceituadas inicialmente por Muhammad Yunus, que relaciona esse conceito com pelo menos três questões básicas: a superação da pobreza; a natureza humana e a autossustentabilidade da empresa.
Deve-se distinguir as ações sociais empresarias, que são caracterizadas principalmente pelo investimento ou destinação de parte do lucro da empresa para apoio a projetos sociais que beneficiem populações pobres, da empresa social propriamente dita, que é um empreendimento pensado e construído com o principal objetivo de acabar com um problema social decorrente da pobreza, utilizando integralmente o lucro da empresa para essa essa finalidade.
No âmbito de uma empresa social, a superação da pobreza está relacionada a outras questões como tecnologia, educação, saúde e comunicação. Portanto, para o empreendedorismo social é necessária a compreensão da complexidade das consequências sociais da pobreza e principalmente de sua origem.
A compreensão da natureza natureza humana é distinta daquela proposta pela teoria econômica vigente, que aborda o homem em uma visão unidimensional, ou seja, enxerga o homem como um ser unicamente egoísta e que busca realização financeira, portanto, no âmbito de uma empresa social, existe uma compreensão multidimensional da natureza humana, ou seja, não se afirma que a felicidade humana advém somente do sucesso financeiro e por isso valoriza aspectos sociais, políticos, emocionais, espirituais e ambientais.
Uma empresa social deve ser autossustentável, portanto deve ser capaz de gerar renda suficiente para cobrir suas próprias despesas. Uma parte do excedente econômico criado pelo negócio social é investida em sua expansão, enquanto outra parte é mantida como reserva para cobrir gastos inesperados. Nesse tipo de negócio, a empresa gera lucro, mas ninguém se apropria dele, embora os investidores possam ter o direito de reaver o capital investido corrigido pela inflação.[1]
Em 2002, esse conceito passou a ter forma concreta no Reino Unido, por meio da "Social Enterprise Coalition",[2] uma organização de fomento à pesquisa e a "Social Enterprise Unit", que buscava promover negócios sociais.
Em 2004, o Ministério da Indústria e do Comércio do Reino Unido deu forma legal ao conceito, denominado como "Community Interest Company".[3]
Em 2007, foi fundada uma unidade do Grameen bank no Queens (Nova Iorque - EUA), para conceder pequenos empréstimos, sem garantias a mulheres locais que desejavam abrir negócios modestos ou expandir os que já operavam.[4][5]