Ernest Rutherford

 Nota: "Rutherford" redireciona para este artigo. Para outros significados, veja Rutherford (desambiguação).
Ernest Rutherford Medalha Nobel
Ernest Rutherford
"Pai" da física nuclear,

Modelo atômico de Rutherford, Experimento da folha de ouro

Nascimento 30 de agosto de 1871
Brightwater, Nova Zelândia
Morte 19 de outubro de 1937 (66 anos)
Cambridge
Residência Nova Zelândia
Sepultamento Abadia de Westminster
Nacionalidade neozelandês/britânico
Cidadania Nova Zelândia
Progenitores
  • James Rutherford
  • Martha Thompson
Cônjuge Mary Georgina Rutherford
Filho(a)(s) Eileen Mary Rutherford
Alma mater Universidade de Canterbury
Universidade de Cambridge
Ocupação físico nuclear, químico, físico, professor, político, professor universitário
Prêmios Medalha Rumford (1904), Nobel de Química (1908), Medalha Elliott Cresson (1910),[1] Medalha Matteucci (1913), Medalha Hector (1916), Medalha Copley (1922), Medalha Franklin (1924), Guthrie Lecture (1927), Medalha Faraday (1930)
Empregador(a) Universidade Victoria de Manchester, Universidade McGill, Laboratório Cavendish, Universidade de Manchester
Orientador(a)(es/s) J. J. Thomson
Orientado(a)(s) Nazir Ahmed, Edward Andrade, Edward Victor Appleton, Patrick Blackett, Niels Bohr, Bertram Boltwood, Robert William Boyle, Teddy Bullard, James Chadwick, Rafi Muhammad Chaudhry, John Cockcroft, Charles Galton Darwin, Charles Drummond Ellis, Kasimir Fajans, Hans Geiger, Douglas Hartree, Pyotr Kapitsa, Juliï Borisovich Khariton, Ernest Marsden, Alexander McAulay, Marcus Oliphant, Cecil Frank Powell, Henry DeWolf Smyth, Frederick Soddy, Ernest Thomas Sinton Walton, Charles Eryl Wynn-Williams
Instituições Universidade McGill
Universidade de Manchester
Campo(s) física, química
Título Knight Bachelor, Baron Rutherford of Nelson
Assinatura

Ernest Rutherford, o 1º Barão Rutherford de Nelson, OM, PC, PRS (Brightwater, Nova Zelândia, 30 de agosto de 1871Cambridge, 19 de outubro de 1937), foi um físico e químico neozelandês naturalizado britânico, que se tornou conhecido como o pai da física nuclear.[2][3] Em um trabalho no começo da carreira, descobriu o conceito de meia-vida radioativa, provou que a radioatividade causa a transmutação de um elemento químico em outro, e também distinguiu e nomeou as radiações alfa e beta. Foi premiado com o Nobel de Química em 1908 "por suas investigações sobre a desintegração dos elementos e a química das substâncias radioativas".[4][5]

Sua contribuição foi, com certeza, para além da física e da química. Suas proposições, experimentações e métodos sobre radioatividade trouxeram inúmeras ferramentas e esse advento da radioatividade auxiliou muito áreas como geologia, arqueologia e paleontologia por meio da possibilidade de estimar a idade de rochas, espécimes ou fósseis. A motivação para isso, de acordo Arthur S. Eve, biógrafo de Rutherford, foi a idade da Terra. Certa vez, quando andava pelos arredores de Cambridge com um fragmento de pechblenda (minério oriundo do urânio) perguntou a um geólogo a idade da Terra e obteve como resposta uma estimativa de 100 milhões de anos, mas Rutherford argumentou que aquela amostra de minério possuía certamente 700 milhões de anos de idade.

Rutherford foi o primeiro cientista a propor que era possível usar a radioatividade para datação de rochas e em 1905 suas contribuições deram origem às técnicas de datação de materiais. E a genialidade foi a ideia de determinar a meia-vida de substâncias, e assim sua idade precisa. Meia-vida é o tempo necessário para metade de dada quantidade de material radioativo decair. A meia-vida de um material é bem determinada e não depende de condições físicas como pressão ou temperatura. Mais tarde, como resultado da datação radiométrica, geólogos, físicos e astrônomos concordaram que a Terra tinha idade na ordem bilhões de anos, bem próxima da estimativa atual que é 4,5 bilhões de anos.[6]

Rutherford realizou sua obra mais famosa após ter recebido esse prêmio. Em 1911, ele defendeu que os átomos têm sua carga positiva concentrada em um pequeno núcleo,[5] e, desse modo, criou o modelo atômico de Rutherford, ou modelo planetário do átomo, através de sua descoberta e interpretação da dispersão de Rutherford em seu experimento da folha de ouro. A ele é amplamente creditada a primeira divisão do átomo, em 1917, liderando a primeira experiência de "dividir o núcleo" de uma forma controlada por dois alunos sob sua direção, John Cockcroft e Ernest Walton.[7]

Dedicada à sua memória, a Medalha e Prêmio Rutherford foi instituída pelo Conselho da Sociedade de Física em 1939. A primeira palestra ocorreu em 1942. A palestra foi convertida em uma medalha e prêmio em 1965, sendo a primeira Medalha e Prêmio Rutherford concedida no ano seguinte.

  1. «Laureates» (pdf) (em inglês). The Franklin Institute. Consultado em 1 de julho de 2015. Cópia arquivada em 1 de julho de 2015 
  2. Líria Alves. «Ernest Rutherford». R7. Brasil Escola. Consultado em 29 de agosto de 2012 
  3. «Ernest Rutherford: British-New Zealand physicist». Klick Educação (em inglês). Encyclopædia Britannica. Consultado em 29 de agosto de 2012 
  4. «Biography». Nobel Lectures (em inglês). Nobel prize.org. Consultado em 29 de agosto de 2012 
  5. a b M. S. Longair (2003). Theoretical concepts in physics: an alternative view of theoretical reasoning in physics. [S.l.]: Cambridge University Press. p. 377–378. ISBN 9780521528788 
  6. BRENNAN, Richard P. (2012). Gigantes da Física: uma história da física moderna através de oito biografias. Rio de Janeiro: Zahar. pp. 90–92 
  7. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome UL - Educação

Developed by StudentB