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Erotica | |||||||
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Álbum de estúdio de Madonna | |||||||
Lançamento | 20 de outubro de 1992 | ||||||
Gravação | Outubro de 1991 — agosto de 1992 | ||||||
Estúdio(s) | Clinton Recording Mastermix Soundworks (Nova Iorque) | ||||||
Gênero(s) | Dance-pop | ||||||
Duração | 75:24 | ||||||
Formato(s) | |||||||
Gravadora(s) | |||||||
Produção |
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Cronologia de Madonna | |||||||
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Singles de Erotica | |||||||
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Erotica é o quinto álbum de estúdio da artista musical estadunidense Madonna, lançado em 20 de outubro de 1992 através das gravadoras Maverick e Warner Bros. Foi lançado simultaneamente ao livro Sex, que contém fotografias explícitas da cantora. Ambos marcaram o primeiro lançamento da Maverick, sua própria empresa de entretenimento multimídia que consiste em produções audiovisuais. Descrito como um álbum conceitual sobre sexo e romance, em sua divulgação a intérprete apresentou o alter ego Mistress Dita, inspirada na atriz alemã Dita Parlo. Já outras canções adquirem um tom mais confessional e pessoal, inspirado principalmente pela perda de dois de seus amigos em decorrência do vírus da imunodeficiência humana (HIV).
Gravado entre outubro de 1991 e agosto de 1992, Erotica é um álbum predominantemente dance-pop que funde elementos de diversos gêneros em sua composição, incluindo hip-hop, house, techno e o new jack swing. Para a produção, Madonna colaborou com Shep Pettibone e André Betts, enquanto trabalhava em outros projetos como Sex e o filme A League of Their Own. Quando a cantora estava em Chicago, Pettibone enviou-lhe uma fita cassete com três gravações demos do qual ela gostou, e em outubro de 1991 começaram a gravar o material para o disco no apartamento do produtor em Nova Iorque. Nas sessões, ambos tiveram problemas com o sequenciador, e como resultado Pettibone tentou acelerar o processo mais rápido possível, pois não queria que Madonna perdesse o interesse por seu trabalho. Segundo ele, as composições da intérprete eram sérias e intensas — e fez com que a sua direção criativa os dirigissem para um território profundamente pessoal. O mesmo detalhou a produção da obra em um artigo intitulado "Erotica Diaries", publicado pela revista Icon.
Após o seu lançamento, Erotica recebeu críticas favoráveis de profissionais especializados, que o consideraram um dos álbuns mais ousados de Madonna e elogiaram sua abordagem por temas tabus e AIDS. Comercialmente, no entanto, obteve a recepção mais modesta de um disco da artista até então, liderado as tabelas de poucos países, como Austrália, Brasil, Finlândia e França. Nos Estados Unidos, obteve a segunda como melhor ocupação na Billboard 200, tornando-se o primeiro álbum de estúdio da cantora a não liderar a tabela desde sua estreia (1982). O material recebeu certificação de platina dupla pela Recording Industry Association of America (RIAA) e British Phonographic Industry (BPI). Atualmente, registra seis milhões de unidades faturadas ao redor do mundo.
Seis músicas foram lançadas como singles de Erotica, com destaque para os dois primeiros, a faixa-título e "Deeper and Deeper", que listaram-se nas dez primeiras posições da estadunidense Billboard Hot 100. Como forma de divulgação, Madonna apresentou-se em premiações e programas televisivos e deu início a quarta turnê de sua carreira, a The Girlie Show World Tour, que visitou cidades da América do Norte e Latina, Ásia, Europa e Oceania em 1993. Ofuscado devido à polêmica em torno de Sex, Erotica é considerado um dos trabalhos mais subestimados do catálogo da artista. Em retrospecto, foi listado como um dos 500 melhores álbuns da década de 1980 pela Slant Magazine e um dos mais revolucionários de todos os tempos pelo Hall da Fama do Rock and Roll. Diversos críticos o citaram como influência para cantoras como Britney Spears, Christina Aguilera e Janet Jackson.