Eucaristia

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Celebração da Eucaristia pelo Papa Bento XVI, na missa de canonização do Frei Galvão, a 11 de maio de 2007 em São Paulo, Brasil.
A Última Ceia, de Leonardo da Vinci (1452-1519).

Na teologia cristã, Eucaristia (do grego εὐχαριστία, "ação de graças") é um rito que é considerado um sacramento na maioria das igrejas. Os cristãos acreditam que o rito foi instituído por Jesus na Última Ceia, na noite anterior à sua crucificação, enquanto dava pão e vinho aos seus discípulos. Passagens do Novo Testamento afirmam que ele os ordenou "fazei isto em memória de mim", referindo-se ao pão como "meu corpo" e ao cálice de vinho como "meu sangue da nova aliança, que é derramado por muitos." (Lucas 22, 19-20; João 6, 53 - 58; 1 Coríntios 11, 23 - 32).[1][2] Também é denominada de Sagrada Comunhão, Santíssimo Sacramento do Altar, Santa Ceia do Senhor, Santo Sacrifício, entre outros.[3] É um dos sete sacramentos da Igreja Católica e parte central da vida eclesial do fiel católico.[4]

Os elementos da Eucaristia são o pão e o vinho que são consagrados em um altar e consumidos em seguida. Os cristãos geralmente reconhecem uma presença especial de Cristo neste rito.

A Igreja Católica afirma que a Eucaristia é o corpo e o sangue de Cristo sob as espécies do pão e do vinho. Sustenta que, pela consagração, as substâncias do pão e do vinho se tornam realmente as substâncias do corpo e do sangue de Jesus Cristo (transubstanciação), enquanto as aparências ou "acidentes" do pão e do vinho permanecem inalteradas (por exemplo, cor, sabor, cheiro). A Igreja Ortodoxa concordam que ocorre uma mudança objetiva do pão e do vinho no corpo e sangue de Cristo. Os luteranos acreditam que o verdadeiro corpo e sangue de Cristo estão realmente presentes "em, com e sob" as formas do pão e do vinho (união sacramental).[5] Os cristãos reformados acreditam em uma presença espiritual real de Cristo na Eucaristia.[5] As teologias eucarísticas anglicanas afirmam universalmente a presença real de Cristo na Eucaristia, embora os anglicanos evangélicos acreditem que esta é uma presença espiritual, enquanto os anglo-católicos defendem uma presença corpórea.[6][7] Como resultado desses diferentes entendimentos, “a Eucaristia tem sido um tema central nas discussões e deliberações do movimento ecumênico”.[2]

  1. Wright, N. T. (2015). The Meal Jesus Gave Us: Understanding Holy Communion Revis ed. Louisville, Kentucky: [s.n.] p. 63. ISBN 9780664261290 
  2. a b «Encyclopædia Britannica, s.v. Eucharist». Britannica.com. Consultado em 1 de abril de 2023 
  3. Compêndio do Catecismo da Igreja Católica #275
  4. Santa Sé. «Catecismo da Igreja Católica». Consultado em 8 de janeiro de 2021 
  5. a b Mattox, Mickey L.; Roeber, A. G. (2012). Changing Churches: An Orthodox, Catholic, and Lutheran Theological Conversation (em inglês). [S.l.]: Wm. B. Eerdmans Publishing. p. 54. ISBN 978-0802866943 
  6. Poulson, Christine (1999). The Quest for the Grail: Arthurian Legend in British Art, 1840–1920. [S.l.]: Manchester University Press. p. 40. ISBN 978-0719055379 
  7. {Campbell, Ted (1 de janeiro de 1996). Christian Confessions: A Historical Introduction. [S.l.]: Westminster John Knox Press. ISBN 9780664256500 

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