Na teologia cristã, Eucaristia (do grego εὐχαριστία, "ação de graças") é um rito que é considerado um sacramento na maioria das igrejas. Os cristãos acreditam que o rito foi instituído por Jesus na Última Ceia, na noite anterior à sua crucificação, enquanto dava pão e vinho aos seus discípulos. Passagens do Novo Testamento afirmam que ele os ordenou "fazei isto em memória de mim", referindo-se ao pão como "meu corpo" e ao cálice de vinho como "meu sangue da nova aliança, que é derramado por muitos." (Lucas 22, 19-20; João 6, 53 - 58; 1 Coríntios 11, 23 - 32).[1][2] Também é denominada de Sagrada Comunhão, Santíssimo Sacramento do Altar, Santa Ceia do Senhor, Santo Sacrifício, entre outros.[3] É um dos sete sacramentos da Igreja Católica e parte central da vida eclesial do fiel católico.[4]
Os elementos da Eucaristia são o pão e o vinho que são consagrados em um altar e consumidos em seguida. Os cristãos geralmente reconhecem uma presença especial de Cristo neste rito.
A Igreja Católica afirma que a Eucaristia é o corpo e o sangue de Cristo sob as espécies do pão e do vinho. Sustenta que, pela consagração, as substâncias do pão e do vinho se tornam realmente as substâncias do corpo e do sangue de Jesus Cristo (transubstanciação), enquanto as aparências ou "acidentes" do pão e do vinho permanecem inalteradas (por exemplo, cor, sabor, cheiro). A Igreja Ortodoxa concordam que ocorre uma mudança objetiva do pão e do vinho no corpo e sangue de Cristo. Os luteranos acreditam que o verdadeiro corpo e sangue de Cristo estão realmente presentes "em, com e sob" as formas do pão e do vinho (união sacramental).[5] Os cristãos reformados acreditam em uma presença espiritual real de Cristo na Eucaristia.[5] As teologias eucarísticas anglicanas afirmam universalmente a presença real de Cristo na Eucaristia, embora os anglicanos evangélicos acreditem que esta é uma presença espiritual, enquanto os anglo-católicos defendem uma presença corpórea.[6][7] Como resultado desses diferentes entendimentos, “a Eucaristia tem sido um tema central nas discussões e deliberações do movimento ecumênico”.[2]