A falcoaria, um património humano vivo | |
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Património Cultural Imaterial da Humanidade | |
Falcão utilizado em falcoaria | |
País(es) | Emirados Árabes Unidos Bélgica Chéquia França Coreia do Sul Mongólia Marrocos Catar Arábia Saudita Portugal Espanha Síria Alemanha Áustria Itália Hungria Cazaquistão Paquistão |
Domínios | Conhecimentos e usos relacionados com a natureza e o universo Técnicas artesanais tradicionais Tradições e expressões orais Usos sociais, rituais e atos festivos |
Referência | en fr es |
Região | Várias |
Inscrição | 2010, 2013, 2016 (5.ª, 8.ª, 11.ª sessão) |
Lista | Lista Representativa |
A falcoaria ou cetraria é a arte de criar, treinar e cuidar de falcões e outras aves de rapina para a caça. Em geral pode-se dizer que é uma caça de aves e pequenos quadrúpedes, praticada desde há mais de 6000 anos com falcões, açores, francelhos e outros rapaces, que têm a capacidade de perseguir uma presa no ar ou no solo até derrubá-la ou matá-la.
Os vestígios e documentos sobre a falcoaria mostram que se tratava de um esporte aristocrático, do qual participavam reis e outros membros poderosos das cortes.
O costume possui forte tradição em Portugal, introduzido no território do Al-Andalus pelos berberes durante o domínio muçulmano, antes da fundação da nacionalidade, mas surgiu na Mongólia onde até hoje é praticada por tribos nativas.
Em 2010 esta arte foi classificada como Património Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO, na sequência de uma candidatura liderada por Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos), que, pela primeira vez na história da organização, juntou 11 países - Bélgica, República Checa, França, Coreia do Sul, Mongólia, Marrocos, Qatar, Arábia Saudita, Espanha, Síria e Emirados Árabes Unidos. Em 2012, a UNESCO estendeu o reconhecimento de Património da Humanidade à falcoaria praticada na Áustria e na Hungria, tornando-se Portugal, em 2016, o 14.º país a ver reconhecida a importância desta prática.[1]