Feitorias portuguesas

As feitorias portuguesas foram entrepostos comerciais, geralmente fortificados e instalados em zonas costeiras, que os portugueses construíram para centralizar e, assim, dominar o comércio dos produtos locais para o reino (e daí para a Europa). Funcionavam simultaneamente como mercado, armazém, ponto de apoio à navegação e alfândega. Eram governadas por um “feitor” encarregado de reger as trocas, negociar produtos em dado ponto do rei e cobrar impostos (o quinto). Entre o século XV-XVI foram construídas numerosas feitorias em cerca de 50 fortificações ao longo das costas da África ocidental e austral, no Oceano Índico e no Brasil. Facilmente abastecidas e defendidas por mar, as feitorias funcionavam como bases de colonização autónomas, que proporcionavam segurança e permitiram a Portugal dominar o comércio no Atlântico e no Índico, estabelecendo um vasto império com poucos recursos humanos e territoriais.[1][2][3][4]

  1. RAU, Virginia. "Feitores e feitorias - "Instrumentos" do comércio internacional português no Séc. XVI", Brotéria, Vol. 81, nº 5, 1965
  2. Braudel, Fernand. "Civilization and Capitalism, 15th-18th Century: The perspective of the world", University of California Press, 1992, ISBN 0520081161
  3. BOXER, Charles Ralph (1969). The Portuguese Seaborne Empire 1415–1825. Hutchinson. ISBN 0091310717
  4. TRACY, James D., "The political economy of merchant empires", Cambridge University Press, 1997, ISBN 0521574641

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