Filme mudo

 Nota: Se procura pelo álbum da banda Paralamas do Sucesso, veja Cinema Mudo (álbum).
Harold Lloyd, considerado um dos gênios do cinema mudo, na cena do relógio em “Safety Last!” (O Homem Mosca), de 1923, uma das mais famosas cenas do cinema mudo.

Um filme mudo é um filme que não possui a trilha sonora de acompanhamento que corresponde diretamente às imagens exibidas, sendo esta lacuna substituída normalmente por músicas ou rudimentares efeitos sonoros executados no momento da exibição. Nos filmes mudos para o entretenimento, o diálogo é transmitido através de gestos suaves, mímica (pantomima, em inglês: pantomime) e letreiros explicativos.

A ideia de combinar filmes com sons gravados é quase tão antiga quanto o próprio cinema, mas antes do fim dos anos 1920, os filmes eram mudos em sua maior parte, devido à inexistência de tecnologia para tornar isso possível. Os anos anteriores à chegada do som ao cinema são conhecidos como "era muda" ou “era silenciosa” entre os estudiosos e historiadores. Considera-se que a arte cinematográfica atingiu a maturidade plena antes da substituição dos filmes mudos por "filmes sonoros" e alguns cinéfilos defendem que a qualidade dos filmes baixou durante alguns anos, até que o novo meio sonoro estivesse totalmente adaptado ao cinema. A qualidade visual dos filmes mudos - especialmente aqueles produzidos na década de 1920 - muitas vezes foi alta. No entanto, há um equívoco extensamente divulgado sobre esses filmes serem primitivos e mal assistíveis para os padrões modernos.[1] Este equívoco resulta de filmes mudos sendo reproduzidos na velocidade errada e em estado deteriorado. Muitos desses filmes mudos existem apenas em cópias de segunda ou terceira geração, muitas vezes copiadas do estoque de filmes já danificado e negligenciado.

  1. Brownlow, Kevin. The people on the brook, Borzoi Book, Alfred Knopf, 1968, p. 580

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