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A flexibilidade cognitiva é uma propriedade intrínseca de um sistema cognitivo frequentemente associada à capacidade mental de ajustar a sua atividade e conteúdo, alternar entre diferentes regras de tarefas e respostas comportamentais correspondentes, manter múltiplos conceitos simultaneamente e deslocar a atenção interna entre eles.[1] O termo flexibilidade cognitiva é tradicionalmente usado para se referir a uma das funções executivas.[2] Neste sentido, pode ser visto como um fundamento neural de comportamento adaptativo e flexível. A maioria dos testes de flexibilidade foi desenvolvida sob esta suposição há várias décadas. Hoje em dia, a flexibilidade cognitiva também pode ser referida como um conjunto de propriedades do cérebro que facilitam a alternância flexível, porém relevante, entre estados cerebrais funcionais.
A flexibilidade cognitiva varia ao longo da vida de um indivíduo.[3] Além disso, certas condições, como o transtorno obsessivo-compulsivo, estão associadas à redução da flexibilidade cognitiva. Uma vez que a flexibilidade cognitiva é um componente vital da aprendizagem[4] os défices nesta área podem ter outras implicações.
Duas abordagens comuns para o estudo da flexibilidade cognitiva concentram-se na capacidade inconsciente de troca de tarefas e na capacidade consciente de mudança cognitiva. Os métodos de medição da flexibilidade cognitiva incluem a tarefa A-não-B, a tarefa de classificação de cartas de mudança dimensional, a tarefa de classificação de cartas de classificação múltipla, a tarefa de classificação de cartas de Wisconsin e o teste de Stroop. Investigações de ressonância magnética funcional (fMRI) mostraram que regiões específicas do cérebro são ativadas quando uma pessoa se envolve em tarefas de flexibilidade cognitiva. Estas regiões incluem o córtex pré-frontal (CPF), os gânglios da base, o córtex cingulado anterior (ACC) e o córtex parietal posterior (PPC).[5] Estudos conduzidos com pessoas de várias idades e com deficiências específicas informaram ainda mais como a flexibilidade cognitiva se desenvolve e muda no cérebro.
A flexibilidade cognitiva não deve ser confundida com a flexibilidade psicológica, que é a capacidade de se adaptar às exigências situacionais, de equilibrar as exigências da vida e de se comprometer com comportamentos pensando sobre problemas e tarefas de maneiras novas e criativas (por exemplo, mudando uma postura ou compromisso quando ocorrem eventos inesperados).[6]