George Berkeley | |
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Nascimento | 12 de março de 1685 Condado de Kilkenny, Irlanda |
Morte | 14 de janeiro de 1753 (67 anos) Oxford, Inglaterra, Grã-Bretanha |
Sepultamento | catedral de Oxford |
Cidadania | Reino da Irlanda |
Progenitores |
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Cônjuge | Anne Forster |
Filho(a)(s) | Lucia Berkeley, Henry Berkeley, George Berkeley |
Alma mater | Trinity College (Dublin) |
Ocupação | filósofo, sacerdote anglicano, escritor, epistemologista, filósofo da ciência, metafísico, ministro |
Obras destacadas | De Motu (ensaio de Berkeley), An Essay Towards a New Theory of Vision, Tratado sobre os Princípios do Conhecimento Humano, Três diálogos entre Hylas e Philonous, The Theory of Vision, or Visual Language, The Analyst, Siris, The Querist |
Principais interesses | Física Teologia Metafísica Filosofia da Linguagem Teoria das cores Ciências naturais Matemática |
Movimento estético | empirismo, Immaterialism |
Religião | anglicanismo |
Assinatura | |
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George Berkeley (Condado de Kilkenny, 12 de março de 1685 — Oxford, 14 de janeiro de 1753) foi um filósofo idealista irlandês cuja principal contribuição foi o avanço de uma teoria que ele chamou de "imaterialismo" (mais tarde conhecido como idealismo subjetivo). Essa teoria nega a existência de substância material e, em vez disso, sustenta que objetos familiares como mesas e cadeiras são apenas ideias na mente daqueles que os percebem e, como resultado, os objetos não podem existir sem serem percebidos. Berkeley também é conhecido por sua crítica à abstração, uma importante premissa em seu argumento para o imaterialismo.
Em 1709, Berkeley publicou sua primeira grande obra, Um Ensaio para uma Nova Teoria da Visão, na qual ele discutiu as limitações da visão humana e postulou a teoria de que os objetos apropriados da visão não são objetos materiais, mas formados por luzes e cores.[1] Essa premissa fundamentou sua Magnum Opus, Tratado sobre os Princípios do Conhecimento Humano, de 1710. Após a má recepção, ele reescreveu a obra em forma de diálogo e a publicou sob o título Três Diálogos entre Hylas e Philonous.
Neste livro, os pontos de vista de Berkeley foram representados por Philonous (grego: "amante da mente"), enquanto Hylas ("matéria" em grego) incorporou os oponentes de Berkeley, em particular John Locke. Berkeley argumentou contra a doutrina de espaço, tempo e movimento de Isaac Newton em De Motu publicada em 1721. Seus argumentos foram precursores de ideias desenvolvidas por Mach e Einstein.[2] Em 1732, ele publicou Alciphron, uma apologética cristã contra os livres-pensadores, e em 1734, lançou The Analyst, uma influente crítica dos fundamentos do cálculo.[3]
Em seu último grande trabalho filosófico, Siris (1744), Berkeley abarca uma ampla gama de tópicos, incluindo ciência, filosofia e teologia. O interesse pelo trabalho de Berkeley aumentou após a Segunda Guerra Mundial, pois ele abordou muitas das questões que passaram a ocupar o centro dos interesses da filosofia no século XX. Entre esses assuntos estão o problema da percepção, a diferença entre qualidades primárias e secundárias e a importância da linguagem.[4]